terça-feira, 2 de outubro de 2007

Síndrome do Pânico - Mais Informações


Síndrome do Pânico
Incluído em 02/02/2005


O Distúrbio do Pânico habitualmente se inicia depois dos 20 anos, é igualmente prevalente entre homens e mulheres, portanto, em sua maioria, as pessoas que tem o Pânico são jovens ou adultos jovens na faixa etária dos 20 aos 40 anos e se encontram na plenitude da vida profissional. Normalmente são pessoas extremamente produtivas, costumam assumir grandes responsabilidades e afazeres, são perfeccionistas, muito exigentes consigo mesmas e não costumam aceitar bem os erros ou imprevistos.


Os portadores de Pânico costumam ter tendência a preocupação excessiva com problemas do cotidianos, têm um bom nível de criatividade, excessiva necessidade de estar no controle da situação, têm expectativas altas, pensamento rígido, são competentes e confiáveis. Freqüentemente esses pacientes têm tendência a subestimar suas necessidades físicas.

Psicologicamente eles costumam reprimir alguns ou todos sentimentos negativos, sendo os mais comuns o orgulho, a irritação e, principalmente, seus conflitos íntimos.

Essa maneira da pessoa ser acaba por predispor a situações de stress acentuado e isso pode levar ao aumento intenso da atividade de determinadas regiões do cérebro, desencadeando assim um desequilíbrio bioquímico e conseqüentemente o aparecimento do Pânico.

Depois das primeiras crises de Pânico, durante muito tempo os pacientes se recusam aceitar tratar-se de um transtorno psicoemocional. Normalmente costumam ser pessoas que não se vêem sensíveis aos problemas da emoção, julgam-se perfeitamente controladas, dizem que já passaram por momentos de vida mais difíceis sem que nada lhes acontecesse, enfim, são pessoas que até então subestimavam aqueles que sofriam problemas psíquicos.

Psicologia do Pânico

Psicologicamente constata-se, na expressiva maioria dos pacientes portadores de Pânico, a existência de conflitos intra-psíquicos. Algumas vezes nem mesmo os pacientes têm a nítida noção de estarem vivenciando tais conflitos, os quais atuam, nestes casos, mais à nível inconsciente.

Os fatores estressores e os conflitos atingem de forma diferente as diferentes pessoas. Porque algumas pessoas convertem para o físico e orgânico suas emoções (somatizam)? Porque ainda, as pessoas que fazem isso o fazem em diferentes órgãos, alguns tendo crises de pressão alta, outros asma, outros diabetes e assim por diante? Por que outras pessoas desenvolvem quadros de Pânico enquanto outras entram em Depressão ou em quadros Fóbicos ou Obsessivo-Compulsivos?

Porque, afinal, as emoções neste determinado paciente desencadearam a Síndrome do Pânico e não a Depressão franca e típica?

Acontece com as emoções o mesmo que com a alergia, caso possamos usar esse exemplo. Imagine 20 pessoas numa sala impregnada de fungos e bolor. Destas 20, pode ser que apenas 6 delas tenham alergia em reação aos fungos e bolor. Dessas 6 pessoas, pode ser que 2 delas reajam com rinite alérgica e espirros, outras 2 com urticária e eczemas e as 2 restantes com asma brônquica. Como vimos, diante de um mesmo agente agressor nem todos foram sensibilizados e, dos que foram sensíveis, tivemos três tipos de reação diferente.

Emocionalmente algo semelhante pode acontecer. Diante da tensão, do stress, da angústia, dos conflitos, ou da ansiedade exagerada as pessoas podem reagir diferentemente; algumas necessitam de muito mais estímulos para reagirem que outras, das que reagem cada qual reagirá à sua maneira. Algumas com Depressão Típica, outras com Fobias, Pânico, Obsessão-Compulsão, Ansiedade Generalizada, etc.

A emoção, como o álcool, embriaga em graus variáveis e, como na embriaguez verdadeira, cada um de nós reagirá à este estado de acordo com sua personalidade. Hipoteticamente, sendo impossível ao ser humano viver sem emoções, vamos imaginar que vivemos embriagados em graus variados. Assim sendo, a experiência clínica tem nos mostrado que sofrerá de Pânico, como uma forma de Depressão Atípica, todo aquele que tenta disfarçar sua embriaguez com todas suas forças.

É por isso que, inicialmente, nenhum paciente com Pânico se diz emotivo, deprimido ou mesmo vivendo algum conflito. Como dissemos, na maioria das vezes os portadores de Pânico são pessoas extrovertidas, determinadas, decididas, capazes de enfrentar situações muito adversas, corajosas e sem antecedentes de transtornos emocionais.

Apesar dessas características, depois do primeiro episódio de Pânico, normalmente de gravidade suficiente para atendimento em Pronto-Socorro, essas pessoas tornam-se mais amedrontadas, tensas e inseguras. Considerar que o extremo mal estar pelo qual passaram tenha tido origem puramente emocional é a última coisa que acreditam.

Ataques do Pânico*

* texto extraído do DSM.IV (Classificação da Associação Norte-Americana de Psiquiatria)
Os ataques de pânico são recorrentes (voltam) e caracterizam essencialmente este distúrbio. Essas crises se manifestam por ansiedade aguda e intensa, extremo desconforto, sintomas vegetativos (veja a lista) associados e medo de algo ruim acontecer de repente, como por exemplo da morte iminente, de passar mal, desmaiar, perder o controle, etc. As crises de ansiedade no Pânico duram minutos e costumam ser inesperadas, ou seja, não seguem situações especiais, podendo surpreender o paciente em ocasiões variadas. Não obstante, existem alguns pacientes que desenvolvem o episódio de pânico diante de determinadas situações pré-conhecidas, como por exemplo, dirigindo automóveis, diante de grande multidão, dentro de bancos, etc. Neste caso dizemos que o Distúrbio do Pânico é acompanhado de Agorafobia.

Uma vez que os Ataques de Pânico ocorrem em diversos quadros de Ansiedade, o texto e o conjunto de critérios para um Ataque de Pânico são oferecidos separadamente nesta seção.
A característica essencial de um Ataque de Pânico é um período distinto de intenso medo ou desconforto acompanhado por pelo menos 4 de 13 sintomas físicos citados abaixo.

O ataque tem um início súbito e aumenta rapidamente, atingindo um pico em geral em 10 minutos acompanhado por um sentimento de perigo ou catástrofe iminente e um anseio por escapar. Os 13 sintomas físicos são os seguintes:

1 - palpitações,
2 - sudorese,
3 - tremores ou abalos,
4 - sensações de falta de ar ou sufocamento,
5 - sensação de asfixia,
6 - dor ou desconforto torácico,
7 - náusea ou desconforto abdominal,
8 - tontura ou vertigem,
9 - sensação de não ser ela(e) mesma(o),
10 - medo de perder o controle ou de "enlouquecer",
11 - medo de morrer,
12 - formigamentos e
13 - calafrios ou ondas de calor.

Os ataques que satisfazem todos os demais critérios mas têm menos de 4 sintomas físicos são chamados de ataques com sintomas limitados.
Os indivíduos que buscam os cuidados médicos para Ataques de Pânico inesperados geralmente descrevem o medo como intenso e relatam que achavam que estavam prestes a morrer, perder o controle, ter um ataque cardíaco ou acidente vascular encefálico ou "enlouquecer". Eles também citam, geralmente, um desejo urgente de fugir de onde quer que o ataque esteja ocorrendo.

A falta de ar é um sintoma comum nos Ataques de Pânico. O rubor facial é comum em Ataques de Pânico ligados a situações relacionadas à ansiedade social e de desempenho. A ansiedade característica de um Ataque de Pânico pode ser diferenciada da ansiedade generalizada por sua natureza intermitente (em crises) enquanto na ansiedade generalizada a ansiedade não é em crises mas continuada e a gravidade geralmente é maior nas crises de pânico que na ansiedade generalizada.

Os Ataques de Pânico podem ocorrer em uma variedade de Transtornos de Ansiedade, tais como:

1 - Transtorno de Ansiedade,
2 - Fobia Social,
3 - Fobia Específica,
4 - Transtorno de Estresse Pós-Traumático,
5 - Transtorno de Estresse Agudo.

Na determinação da importância diagnóstica diferencial de um Ataque de Pânico, é crucial considerar o contexto no qual ocorre o Ataque de Pânico. Existem três tipos característicos de Ataques de Pânico, com diferentes relacionamentos entre o início do ataque e a presença ou ausência de ativadores situacionais:

1 - Ataques de Pânico Inesperados (não evocados), nos quais o início do Ataque de Pânico não está associado com um ativador situacional (isto é, ocorre espontaneamente, "vindo do nada");
2 - Ataques de Pânico Ligados a Situações (evocados), nos quais o Ataque de Pânico ocorre, quase que invariavelmente, logo após à exposição ou antecipação a um evocador ou ativador situacional (por ex., ver uma cobra ou um cão sempre ativa um Ataque de Pânico imediato);
3 - Ataques de Pânico Predispostos pela Situação, que tendem mais a ocorrer na exposição ao evocador ou ativador situacional, mas não estão invariavelmente associados ao evocador e não ocorrem necessariamente após a exposição (por ex., os ataques tendem mais a ocorrer quando o indivíduo está dirigindo, mas existem momentos em que a pessoa dirige e não tem um Ataque de Pânico ou momentos em que o Ataque de Pânico ocorre após dirigir por meia hora).

A importância dessa classificação quanto ao surgimento do ataque prende-se ao conhecimento de que:

a - A ocorrência de Ataques de Pânico inesperados é um requisito para o diagnóstico de Transtorno de Pânico (com ou sem Agorafobia).
b - Ataques de Pânico ligados a situações são mais característicos da Fobia Social e Fobia Específica.
c - Os Ataques de Pânico predispostos por situações são especialmente freqüentes no Transtorno de Pânico, mas às vezes podem ocorrer na Fobia Específica ou Fobia Social.

O diagnóstico diferencial de Ataques de Pânico é complicado pelo fato de nem sempre existir um relacionamento exclusivo entre o diagnóstico e o tipo de Ataque de Pânico. Por exemplo, embora o Transtorno de Pânico por definição exija que pelo menos alguns dos Ataques de Pânico sejam inesperados, os indivíduos com Transtorno de Pânico muitas vezes relatam ataques ligados a situações, particularmente no curso mais tardio do transtorno. As questões diagnósticas para casos limítrofes são discutidas nas seções "Diagnóstico Diferencial" dos textos para os transtornos nos quais podem aparecer Ataques de Pânico.

Normalmente, depois do primeiro ataque as pessoas com Pânico experimentam importante ansiedade e medo de vir a apresentar um segundo episódio. Trata-se de extrema insegurança e por muito tempo essas pessoas continuam achando que sofrem do coração ou, quando se tenta afastar essa possibilidade mediante uma série de exames cardiológicos negativos, pensam ser eminente um derrame cerebral.

A ansiedade é tanta que os pacientes ficam ansiosos diante da possibilidade de virem a ficar ansiosos. Por causa disso esses pacientes passam a evitar situações possivelmente facilitadoras da crise, prejudicando-se socialmente e/ou ocupacionalmente em graus variados. São pessoas que deixam de dirigir, não entram em supermercados cheios, evitam aventurar-se pelas ruas desacompanhadas, não conseguem dormir, não entram em avião, não freqüentam shows, evitam edifícios altos, não utilizam elevadores e assim por diante. De qualquer forma a mobilidade social e profissional de tais pacientes encontra-se prejudicada de alguma maneira.

Os pacientes com Transtorno do Pânico podem necessitar sempre de companhia quando saem de casa e, posteriormente, podem até se recusar a sair de casa devido ao medo de passar mal na rua, de morrer subitamente ou enlouquecer ou perder o controle de repente. Eles também citam, geralmente, um desejo de fugir urgente de onde quer que o ataque possa ocorrer. Algumas vezes podem apresentar ansiedade antecipada diante da possibilidade de ter que sair de casa. Normalmente esses pacientes têm muita dificuldade em dormir desacompanhados, procuram insistentemente o cardiologista e recorrem ao auxílio religioso com entusiasmo.

As pessoas que sofrem deste mal costumam fazer uma verdadeira via-sacra a diversos especialistas médicos e, após uma quantidade exagerada de exames médicos negativos, recebem o frustante diagnóstico de que não têm nada, aumentando ainda mais a insegurança e desespero.

Durante as crises de Pânico alguns médicos tentam confortar o paciente fazendo-o entender que não está em perigo mas isso pode, inclusive, aumentar ainda mais sua angústia. Podem até julgar que o médico está sendo displicente e não estar valorizando devidamente seu grave estado. Portanto, quando o médico usa expressões como "não é nada grave", "é um problema de cabeça" ou "não há nada para se preocupar", isso pode até piorar as dificuldades do paciente. Pode dar a falsa impressão de que não há problema real ou de que não existe tratamento entretanto, na realidade. A maioria dos médicos deveria dizer que não há nada de grave fisicamente ou organicamente mas sim, um sério problema emocional que deve ser tratado.

Depois de uma crise de Pânico - por exemplo, enquanto dirige, fazendo compras em uma loja lotada, dentro de um elevador ou na fila do banco - a pessoa pode desenvolver medos irracionais, chamados de fobias à estas situações e, daí em diante, começa a evitar as circunstâncias supostamente capazes de desencadear novas crises. O nível de ansiedade e o medo de uma nova crise vai gradativamente aumentando, até atingir proporções onde a pessoa pode se tornar incapaz de dirigir ou mesmo de pôr o pé fora de casa. Desta forma, o distúrbio do Pânico pode ter um impacto tão grande na vida cotidiana da pessoa como qualquer outra doença grave.

Transtorno do Pânico
Doença do Pânico, Síndrome do Pânico)

Por ser o Pânico considerado também como um estado de Ansiedade Paroxística Episódica, encontra-se classificado na CID-10 dentro dos Transtornos de Ansiedade (F41.0). Os ataques de pânico recorrentes caracterizam essencialmente este distúrbio; crises de medo agudo e intenso, extremo desconforto, sintomas autossômicos vegetativos associados e medo de morte iminente. As crises de Ansiedade no Pânico duram minutos e costumam ser inesperadas, ou seja, não seguem situações especiais (como na fobia simples, ou na fobia social), podendo surpreender o paciente em ocasiões variadas. Não obstante, existem alguns pacientes que desenvolvem o episódio de pânico diante de determinadas situações pré-conhecidas, como por exemplo, dirigindo automóveis, diante de grande multidão, dentro de bancos, etc. Neste caso dizemos que o Distúrbio do Pânico é acompanhado de Agorafobia.

O DSM-IV enfatiza e a CID-10 cita que, muito freqüentemente, um Distúrbio Depressivo coexiste com o Transtorno do Pânico. Nós, particularmente, achamos que a Síndrome do Pânico é, literalmente, uma forma atípica de doença depressiva. O sentimento de pânico é, em essência, uma grave sensação de insegurança e temor. Ora, quem mais, além dos deprimidos, pode sentir-se tão inseguro ao ponto de sentir a morte (ou o passar mal) iminente ?

Depois do primeiro ataque de pânico, normalmente a pessoa experimenta importante Ansiedade e medo de vir a apresentar um segundo episódio. Trata-se ainda da extrema insegurança. É como se a pessoa ficasse ansiosa diante da possibilidade de ficar ansiosa. Por causa disso os pacientes passam a evitar situações possivelmente facilitadoras da crise, prejudicando-se socialmente e/ou ocupacionalmente em graus variados. São pessoas que deixam de dirigir, não entram em supermercados cheios, evitam aventurar-se pelas ruas desacompanhadas, não conseguem dormir, não entram em avião, não freqüentam shows, evitam edifícios altos, não utilizam elevadores e assim por diante. De qualquer forma a mobilidade social e profissional de tais pacientes encontra-se prejudicada de alguma maneira.

O Distúrbio do Pânico habitualmente se inicia depois dos 20 anos, é igualmente prevalente entre homens e mulheres quando desacompanhado da Agorafobia, mas é duplamente mais freqüente em mulheres quando associado à este estado fóbico.
Biologicamente a Doença do Pânico tem sido associada à elementos muito interessantes:


1- há susceptibilidade do paciente com Pânico ao teste do lactato de sodio, sendo possível desencadear crises experimentalmente através da infusão do lactato. Os ataques de pânico pós-exercício facilitaram a hipótese sobre a pouca tolerância destes pacientes ao ácido láctico (metabólito do exercício muscular). Constatou-se que 70% dos pacientes com esse diagnóstico desenvolviam a crise experimentalmente após a infusão de lactato de sódio, enquanto apenas 5% dos não-portadores do distúrbio desenvolviam a crise com a infusão. Atualmente tem sido aceita a idéia do lactato de sódio induzir a um aumento de noradrenalina circulante, fazendo crer que, não o lactato em si, mas a noradrelina seria a responsável pelo desenvolvimento da crise de pânico.

2- o estudo das imagens cerebrais e a freqüente coexistência do Distúrbio do Pânico com prolapso de válvula mitral são concordâncias clínicas importantes. Os estudos referentes à prolapso da válvula mitral demonstraram que esta alteração anatômica está presente em 50% dos pacientes com Distúrbio do Pânico e em apenas 5% da população normal. A Síndrome do prolapso da válvula mitral é assintomática em 20% dos casos, entretanto, quando há sintomatologia cardiorespiratória o quadro se assemelha muito ao Distúrbio do Pânico. A base e o significado da associação entre o prolapso da válvula mitral e o Distúrbio do Pânico é desconhecida.

3 - Kaplan(9) refere um estudo onde se constata um aumento do fluxo sangüíneo cerebral na área para-hipocampal direita de pacientes com teste positivo para a infusão de lactato. Tais pacientes mostravam ainda um metabolismo cerebral global aumentado.

4 - O componente genético do Pânico é outro elemento a ser considerado. A taxa de concordância para gêmeos monozogóticos é de 80 a 90%, enquanto para os dizigóticos à apenas de 10 a 15%. Entre os parentes de primeiro grau, 15 a 17% são também afetados.


Incidência e Causas de Pânico
No mundo inteiro, existem pessoas que sofrem de Síndrome do Pânico. De acordo com as pesquisas, de 2 a 4% da população mundial é acometida por este mal, o qual já é considerado um sério problema de saúde. O Pânico ou as diversas formas de Fobias é, certamente, uma das causas mais freqüentes de procura a psiquiatras e podemos considerá-lo o segundo lugar de todas as queixas emocionais, precedido apenas pela Depressão. Mesmo assim, é demasiadamente freqüente a associação do Pânico com a Depressão.

Qual seria a causa desse grande aumento do número de casos? Possivelmente deve-se ao aumento da ansiedade patológica na vida moderna. A cronificação dessa ansiedade patológica irá desencadear estados de stress continuado. Tanto eventos desagradáveis, profissionais ou extra-profissionais, quanto eventos agradáveis, também em ambos os campos, podem se constituir em agentes estressores: morte de ente querido, nascimento de filho, despedida ou promoção no emprego, casamento ou separação, todos são potencialmente estressores.

Sabemos hoje que a síndrome do Pânico está biologicamente associada a uma disfunção dos neurotransmissores a qual criaria um fator agravante na sensação de medo. De acordo com uma das teorias, o sistema de alerta normal do organismo - um conjunto de mecanismos físicos e mentais que permite que uma pessoa reaja à alguma ameaça - é desencadeado desnecessariamente na crise de Pânico, sem que haja um perigo iminente a desencadeá-lo de fato, como naturalmente se espera da fisiologia normal do ser humano.

O cérebro produz substâncias chamadas neurotransmissores, responsáveis pela comunicação entre os neurônios (células do sistema nervoso). Estas comunicações formam mensagens que irão determinar a execução de todas as atividades físicas e mentais de nosso organismo (ex: andar, pensar, memorizar, etc). Um desequilíbrio na produção destes neurotransmissores pode levar algumas partes do cérebro a transmitir informações e comandos incorretos. Daí o organismo desencadearia uma reação de alerta indevidamente, como se houvesse realmente uma ameaça concreta.

Seria isto, exatamente, o que ocorreria numa crise de Pânico: uma informação incorreta, decorrente de uma disfunção dos neurotransmissores, alertando e preparando o organismo para uma ameaça ou perigo que na realidade e concretamente não existe. No caso do Distúrbio do Pânico os neurotransmissores que se encontram em desequilíbrio são os mesmos envolvidos na Depressão: a Serotonina e a Noradrenalina. Vem daí a idéia de aplicar-se ao transtorno do Pânico o mesmo tratamento medicamentoso da Depressão.

Constata-se também que o Pânico ocorre com maior freqüência em algumas famílias, significando haver uma participação importante de fatores hereditários na determinação de quem está sujeito ao distúrbio. Apesar dessa concordância, muitas pessoas desenvolvem este distúrbio sem nenhum antecedente familiar.

Vale ressaltar ainda que alguns medicamentos como anfetaminas (usados em dietas de emagrecimento) ou drogas (cocaína, maconha, crack, ecstasy, etc.), podem aumentar a atividade e o medo promovendo alterações químicas que podem levar ao Pânico.

Para referir:
Ballone GJ - Síndrome do Pânico - in. PsiqWeb, Internet - disponível em http://www.psiqweb.med.br/, revisto em 2005.

terça-feira, 25 de setembro de 2007

Inteligência Emocional Interpessoal -Teoria das Múltiplas inteligëncias


Alípio Ramos Veiga Neto
Áreas de atuação: Marketing, Marketing Educacional, Comportamento do Consumidor e Negócios Internacionais
Consultor de Marketing Educacional e Pesquisa Científica
Em universidades particulares de vários Estados do Brasil
Professor orientador no Mestrado em Administração
UNIFOR - Fortaleza - Ceará – Brasil
Diretor da Industria Gigaplast
GIGAPLAST - Morungaba - São Paulo – Brasil
alipio.veiga@uol.com.br

MULTIPLAS INTELIGÊNCIAS
(Howard Gardner)
Howard Gardner iniciou seus estudos a respeito das Inteligências Múltiplas como integrante de um grupo de pesquisas sobre "A Natureza e Realização do Potencial Humano". Pesquisador formado em psicologia do desenvolvimento e em inteligência e desenvolvimento infantil e adultos com danos cerebrais tinha como tarefa falar sobre a cognição humana nesta proposta de pesquisa.
Gardner optou por chamar de Inteligências Múltiplas sua concepção e estudos sobre a inteligência. Afirma que se tivesse dito simplesmente que os homens tem diferentes talentos seu livro teria passado desapercebido. No entanto, ao falar de "inteligências múltiplas", no sentido de que existe um número desconhecido de capacidades humanas diferenciadas, vairando desde inteligência musical até a inteligência envolvida no entendimento de si mesmo.
Gardner acreditava que sua obra seria de interesse para a área da psicologia do desenvolvimento, para aqueles que estudavam a inteligência numa perspectiva piagetiana, ou na perspectiva da construção e medição dos testes. No entanto, a obra não despertou muito interesse nessa disciplina, mas logo foi muito estudada (ou apareceram muitos interessados ) na área da educação.
Após 1983, a primeira publicação de "Estruturas da Mente", Gardner dedicou boa parte de seu tempo ao estudo e exploração das implicações educacionais da teoria das IM.
Teoria das Inteligências Múltiplas
A teoria das inteligências múltiplas é uma abordagem teórica que baseia seus estudos na ciência cognitiva ( estudo da mente) e na neurociência ( o estudo do cérebro).
Os sete tipos de inteligências mais aceitos até o momento são:
- inteligência lingüística
- inteligência lógico-matemática
- inteligência corporal-cinestésica
- inteligência musical
- inteligência visual-espacial
- inteligência interpessoal
- inteligência intrapessoal
Howard atualmente estuda outras inteligências, uma chamada NATURALISTA, que está associada à capacidade humana de reconhecer objetos na natureza e a sua relação com a vida humana, e, outra considerada a TRANSCENDENTAL, que está ligada ao entendimento além do corpóreo, o transcendente, é a inteligência dos místicos, religiosos, etc. A partir da teoria de Howard Gardner, o professor Nílson José Machado, da USP, propõe a inteligência PICTÓRICA que está associada à capacidade de desenhar. O desenho é uma forma importante de se expressar e é a primeira utilizada pela criança.
Esta é uma lista preliminiar, cada forma de inteligência pode ser subdividida. Considera-se importante a pluraidade do intelecto. Os sujeitos podem diferir quanto aos perfis particulares de inteligência com os quais nascem e que desenvolvem ao longo da vida. Na verdade o fundamental não é quantas inteligências temos, mas o desenvolvimento de todas elas segundo nossas aptidões.
Sua proposta passa pelos seguintes pressupostos.
- nem todas as pessoas têm os mesmos interesses e habilidades;
- nem todos aprendem da mesma maneira;
- ninguém pode aprender tudo o que há para ser aprendido.
Nessa sua abordagem faz uma crítica ao conceito que considera a inteligência como a capacidade ou faculdade singular, utilizada em qualquer situação de resolução de problemas.
Inteligência, o que a constitui?
Abordagem tradicional > Capacidade de responder a ítens em testes de inteligência.
Inteligências Múltiplas > Capacidade de resolver problemas ou elaborar produtos que são importantes num determinado ambiente ou comunidade cultural.
Os novos paradigmas para a educação determinam que os alunos são os construtores do seu conhecimento. Neste processo a intuição e a descoberta são elementos fundamentais para a construção do conhecimento. Neste novo modelo educacional o aluno deve ser considerado como um ser total que possui outras inteligências além da lingüística e da lógica-matemática, que devem ser desenvolvidas e o professor deve ser um facilitador do processo de aprendizagem, e não mero transmissor de informações prontas.
Centro de Inteligência Capacidade(s) Usuário(s)
Lingüístico Ler, Escrever, Comunicação Autores, Poetas e Oradores
Lógico Cálculo e Raciocínio Cientistas, Matemáticos, Advogados e Juizes
Musical Melodiosa e Rítmica Compositores e Músicos
Cinestésico Física e Movimento Atletas, Bailarinos, Ginastas e talvez Cirurgiões
Espacial Orientação e Direção Arquitetos, Escultores, Pintores, Navegadores e Pilotos
Visual
Interpessoal Relacionamento entre várias pessoas Vendedores, Promotores de Vendas e Negociadores
Intrapessoal Introspecção (volta ao "Eu") Fornece grande intuição para algumas pessoas, permitindo-lhes o acesso ao extraordinário banco de informações armazenado em sua mente subconsciente."
INTELIGÊNCIA LINGUISTICA:
Escritores, poetas, redatores, roteiristas, oradores, líderes políticos e jornalistas.
• Sensível a regras
• Organizado
• Sistemático
• Habilidade para raciocinar
• Gosta de ouvir
• Gosta de ler e de escrever
• Soletra com facilidade
• Gosta de jogos de palavras

INTELIGÊNCIA LÓGICO OU MATEMÁTICA
Matemáticos, cientistas, engenheiros, investigadores, advogados e contadores.

• Gosta de raciocínio abstrato
• Gosta de ser preciso
• Aprecia cálculos
• Organizado
• Utiliza estruturas lógicas
• Aprecia computadores
• Aprecia resolução de problemas
• Prefere anotações de forma ordenada

INTELIGÊNCIA VISUAL E ESPACIAL
Arquitetos, pintores, escultores, navegadores, naturalistas, jogadores de xadrez e estrategistas militares.

• Pensa em figuras
• Cria imagens mentais
• Utiliza metáforas
• Gosta de arte: desenho, pintura e escultura
• Lê com facilidade mapas e gráficos
• Lembra-se com figuras
• Utiliza todos os sentidos para formar imagens
• Tem bom senso de direção

INTELIGÊNCIA MUSICAL
Músicos, compositores, concertistas, fabricantes de instrumentos musicais e afinadores de piano.

• Sensível à entonação
• Tem rítmo, marcação de tempo
• Sensível ao poder emocional da música
• Pode ser profundamente espiritual


INTELIGÊNCIA CORPÓREO - CINESTÉSICA
Bailarinos, atores, atletas, inventores, mímicos, cirurgiões, vendedores, pilotos de corrida, praticantes de artes marciais e trabalhadores com habilidades manuais.
• Controle excepcional do próprio corpo
• Controle de objetos
• Bons reflexos
• Aprende melhor se movimentando
• Gosta de se envolver em esportes físicos
• Habilidoso em artesanato
• Gosta de representar, contador de piadas
• Brinca com objetos enquanto escuta
• Irrequieto e aborrecido em palestras longas

INTELIGÊNCIA INTERPESSOAL OU SOCIAL
Políticos, professores, líderes religiosos, conselheiros, vendedores, gerentes, relações públicas e pessoas com facilidade de relacionamento.

• Relaciona-se e associa-se bem
• Consegue "ler" as intenções de terceiros
• Aprecia estar com pessoas
• Tem muitos amigos
• Comunica-se bem
• Às vezes manipula as pessoas
• Gosta de mediar disputas

INTELIGÊNCIA INTRAPESSOAL OU INTUITIVA
Romancistas, conselheiros, sábios, filósofos, místicos e pessoas com um profundo senso do "eu"

Autoconhecimento
Sensibilidade aos valores próprios de cada um
Tem um senso bastante desenvolvido do "eu"
Habilidade intuitiva
Automotivado
Consciente das próprias potencialidades e fraquezas
Muito reservado
Deseja ser diferente da tendência geral

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O Prof. Dr. Alípio Ramos Veiga Neto é professor universitário de marketing e psicologia do consumidor. É professor de mestrado e pesquisador em Segmentação Psicográfica, Comportamento de Consumidores e Negociação. Doutor em Psicologia do Consumidor e Mestre em Psicologia Educacional pela PUC-Campinas tem pós-graduação em Marketing pela Escola Superior de Propaganda e Marketing - ESPM. É consultor de marketing educacional e desenvolvimento da pesquisa científica em universidades de vários Estados do Brasil. Conta com inúmeros artigos e publicações em periódicos científicos. Desenvolve pesquisas, realiza palestras e treinamentos em aplicação de estratégias de marketing com orientação societal.

segunda-feira, 24 de setembro de 2007

Inteligência Emocional Interpessoal


Inteligência Emocional Interpessoal

Hoje li um pouco a respeito dos diferentes tipos de Inteligência baseado na Teoria das múltiplas Inteligências. E passei a refletir um pouco mais sobre aquilo que já temos desde que nascemos e aquilo que adquirimos no nosso processo contínuo de aprendizado.

Concluí que a Inteligência gera mais inteligência, e que esta acompanhada do bom senso gera oportunidades. Mais o mais inteligente de tudo é que se temos o máximo da Inteligência Intrapessoal agrupado ao máximo da Inteligência Interpessoal, seremos menos impessoais e valorizaremos mais o pessoal de cada um.

Parece um jogo de palavras sem sentidos, mas não é, tentarei então esclarecer para aqueles que nunca ouviram falar de múltiplas Inteligências, Inteligência IntraPessoal, Interpessoal ou mesmo Inteligência emocional.

A pessoa que realmente se considera inteligente não visa apenas o seu bem estar, mas sim o seu bem estar ligado ao bem estar do seu próximo. Sermos mesquinhos e pensarmos apenas em nós mesmos não é inteligente é burrice. Quando vemos o próximo da mesma forma que nos vemos usamos a empatia e colhemos a simpatia de uma Sociedade melhor.

Se todas passarem a seguir aquilo que está escrito em I Coríntios 13, concernente ao Amor (caridade) verá que realmente pode existir um mundo melhor em que a Inteligência é colocada em um segundo plano, dando-se lugar ao Amor, e realmente não há nada mais inteligente do que Isso.

Airton Mendes da Hora
Comunidade ORKUT PARA CRISTO

quinta-feira, 20 de setembro de 2007

Instrução Técnica 17/01 -Corpo de Bombeiros


SECRETARIA DE ESTADO DOS NEGÓCIOS DA SEGURANÇA PÚBLICA

POLÍCIA MILITAR DO ESTADO DE SÃO PAULO

Corpo de Bombeiros


INSTRUÇÃO TÉCNICA NO 17/01

BRIGADA DE INCÊNDIO


SUMÁRIO

1 Objetivo
2 Aplicação
3 Referências normativas e bibliográficas
4 Definições
5 Procedimentos

Anexos
A Tabela de percentual de cálculo para composição da Brigada de Incêndio
B Currículo básico do curso de formação da Brigada de Incêndio
C Questionário de avaliação de brigadista.
D Questionário de avaliação de bombeiro profissional civil


1 Objetivo
1.1 Esta instrução técnica estabelece as condições mínimas para a formação, treinamento e reciclagem da brigada de incêndio para atuação em edificações e áreas de risco no estado de São Paulo.

2 Aplicação
2.1 Esta instrução técnica se aplica a todas as edificações e áreas de risco enquadradas na tabela 1 do Decreto Estadual nº 46.076/01.

3 Referências normativas e bibliográficas
Para complementação desta instrução técnica recomendam-se consultar as seguintes normas técnicas:

3.1 Normativas

NBR 9443 Extintor de incêndio classe A – Ensaio de fogo em engradado de madeira.

NBR 9444 Extintor de incêndio classe B – Ensaio de fogo em líquido inflamável.

NBR 13860 Glossário de termos relacionados com a segurança contra incêndio.

NBR 14023 Registro de atividades de bombeiros.

NBR 14096 Viaturas de combate a incêndio

NBR 14276 Programa de brigada de incêndio.

NBR 14277 Campo para treinamento de combate a incêndio.

NBR 14561 Veículos para atendimento a emergências médicas e resgate.
NBR 14608 Bombeiro profissional civil.


3.2 Bibliográficas

Manual de Fundamentos do Corpo de Bombeiros da Polícia Militar do Estado de São Paulo.

4 Definições
Para os efeitos desta instrução técnica, aplicam-se as definições constantes da instrução técnica nº 03 –Terminologia de proteção contra incêndio.

5 Procedimentos

5.1 Composição da brigada de incêndio

5.1.1 A brigada de incêndio deve ser composta levando-se em conta a população fixa e o percentual de cálculo do anexo A, que é obtido levando-se em conta o grupo e a divisão de ocupação da planta, conforme a equação a seguir:

Número de brigadistas por pavimento ou compartimento = [população fixa por pavimento] X [% de cálculo do anexo A]

5.1.2 Para os números mínimos de brigadistas, devem-se prever os turnos, a natureza de trabalho e os eventuais afastamentos.

5.1.3 Sempre que o resultado obtido do cálculo do número de brigadistas por pavimento for fracionário, deve-se arredondá-lo para mais. Exemplo:
Loja
População fixa = 9 pessoas
Nº de brigadistas por pavimento = [população fixa por pavimento] x [% de cálculo da tabela A]
Nº de brigadistas por pavimento = (9 x 40%) = 3,6
Nº de brigadistas por pavimento = 4 pessoas

5.1.4 Sempre que o número de pessoas for superior a 10, o cálculo do número de brigadistas por pavimento deve levar em conta o percentual até 10 pessoas. Exemplo:
Escritório
População fixa = 36 pessoas
Nº de brigadistas por pavimento = [população fixa por pavimento] x [% de cálculo da tabela A]
Nº de brigadistas por pavimento = 10 x 30% + (36 - 10) x 10% = 3 + (26 x 10%) = 3 + 2,6 = 5,6
Nº de brigadistas por pavimento = 6 pessoas

5.1.5 Quando em uma planta houver mais de um grupo de ocupação, o número de brigadistas deve ser calculado levando-se em conta o grupo de ocupação de maior risco.

O número de brigadistas só é calculado por grupo de ocupação, se as unidades forem compartimentadas e os riscos forem isolados. Exemplo: planta com duas edificações, sendo a primeira uma área de escritórios com três pavimentos e 19 pessoas por pavimento e a segunda uma indústria de médio potencial de risco com um pavimento e 116 pessoas:

a) edificações com pavimentos compartimentados e riscos isolados, calcula-se o número de brigadistas separadamente por grupo de ocupação:

Área administrativa
População fixa = 19 pessoas por pavimento (três pavimentos)
Nº de brigadistas por pavimento = [população fixa por pavimento] x [% de cálculo da tabela A]
Nº de brigadistas por pavimento = 10 x 30% + (19-10) x 10% = 3 + 0,9 = 3,9
Nº de brigadistas por pavimento = 4 pessoas

Área industrial
População fixa = 116 pessoas
Nº de brigadistas por pavimento = [população fixa por pavimento] x [% de cálculo da tabela A]
Nº de brigadistas por pavimento = 10 x 50% + (116 - 10) x 7% = 5 + 106 x 7% = 5 + 7,42 = 12,42
Nº de brigadistas por pavimento = 13 pessoas

Nº total de brigadistas (área administrativa + área industrial)
No total de brigadistas = (4 x 3) + 13 = 12 + 13 = 25
No total de brigadistas = 25 pessoas


b) edificações sem compartimentação dos pavimentos e sem isolamento dos riscos, calcula-se o número de brigadistas por meio do grupo de ocupação de maior risco:

No caso utiliza-se o grupo da área industrial
Nº de brigadistas por pavimento = [população fixa por pavimento] x [% de cálculo da tabela A]

Área administrativa
População fixa = 19 pessoas por pavimento (três pavimentos)
Nº de brigadistas por pavimento = 10 x 50% + (19-10) x 7% = 5 + 9 x 7% = 5 + 0,63 = 5,63
Nº de brigadistas por pavimento = 6 pessoas

Área Industrial
População fixa = 116 pessoas
Nº de brigadistas por pavimento = 10 x 50% + (116 - 10) x 7% = 5 + 106 x 7% = 5 + 7,42 = 12,42
Nº de brigadistas por pavimento = 13 pessoas

Nº total de brigadistas (área administrativa + área industrial)
No total de brigadistas = (6 x 3) + 13 = 18 + 13 = 31
Nº total de brigadistas = 31 pessoas

5.1.6 A composição da brigada de incêndio deve levar em conta a participação de pessoas de todos os setores.

5.2 Critérios básicos para seleção de candidatos a brigadista
Os candidatos a brigadista devem atender preferencialmente aos seguintes critérios básicos:

a) permanecer na edificação;
b) preferencialmente possuir experiência anterior como brigadista;

c) possuir boa condição física e boa saúde;

d) possuir bom conhecimento das instalações;

e) ter responsabilidade legal;

f) ser alfabetizado.

NOTA - Caso nenhum candidato atenda aos critérios básicos relacionados, devem ser selecionados aqueles que atendam ao maior número de requisitos.

5.3 Organização da brigada

5.3.1 Brigada de incêndio
A brigada de incêndio deve ser organizada funcionalmente como segue:

a) brigadistas: membros da brigada que executam as atribuições de 5.5;

b) líder: responsável pela coordenação e execução das ações de emergência em sua área de atuação (pavimento/compartimento). É escolhido dentre os brigadistas aprovados no processo seletivo;

c) chefe da brigada: responsável por uma edificação com mais de um pavimento/compartimento. É escolhido dentre os brigadistas aprovados no processo seletivo;

d) coordenador geral: responsável geral por todas as edificações que compõem uma planta. É escolhido dentre os brigadistas que tenham sido aprovados no processo seletivo.

5.3.2 Organograma da brigada de incêndio

a) O organograma da brigada de incêndio da empresa varia de acordo com o número de edificações, o número de pavimentos em cada edificação e o número de empregados em cada pavimento/compartimento.

b) As empresas que possuem em sua planta somente uma edificação com apenas um pavimento/compartimento, devem ter um líder que deve coordenar a brigada (ver exemplo 1).

c) As empresas que possuem em sua planta somente uma edificação, com mais de um pavimento/compartimento, devem ter um líder para cada pavimento/compartimento, que é coordenado pelo chefe da brigada dessa edificação (ver exemplo 2).

d) As empresas que possuem em sua planta mais de uma edificação, com mais de um pavimento/compartimento, devem ter um líder por pavimento/compartimento e um chefe da brigada para cada edificação, que devem ser coordenados pelo coordenador geral da brigada (ver exemplo 3).

5.4 Programa do curso de formação de brigada de incêndio
Os candidatos a brigadista, selecionados conforme 5.2, devem freqüentar curso com carga horária mínima de 12 h, sendo a parte prática de, no mínimo, 4 h conforme anexo B. Exceção para o grupo A e divisões G-1 e G-2, a carga horária total deve ser de 4 h, enfocando apenas a parte de prevenção e combate a incêndio.

5.4.1 O curso deve enfocar, principalmente os riscos inerentes ao grupo de ocupação.

5.4.1.1 Para as edificações enquadradas no risco alto, o curso deve ser de 16 (dezesseis) horas.

5.4.2 A periodicidade do treinamento deve ser o mesmo da validade do Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (A.V.C.B), ou quando houver alteração de 50% dos membros da Brigada.

5.4.3 Aos componentes da brigada que já tiverem freqüentado o curso anterior, será facultada a parte teórica, desde que o brigadista seja aprovado em pré-avaliação com 70% de aproveitamento.

5.4.4 Aqueles que concluírem o curso com aproveitamento mínimo de 70% na avaliação teórica e prática receberão certificado de brigadista, expedido por profissional habilitado.

No certificado do brigadista devem constar os seguintes dados:

a) nome completo do treinando com Registro Geral (RG).;

b) carga horária;

c) período de treinamento;

d) nome, habilitação e registro do instrutor;

e) citar que o certificado está em conformidade com esta instrução técnica.

5.4.5 O profissional habilitado na formação de brigada de incêndio é toda pessoa com formação em Higiene, Segurança e Medicina do Trabalho, devidamente registrado nos Conselhos Regionais competentes ou no Ministério do Trabalho e os militares das Forças Armadas, das Polícias Militares e dos Corpos de Bombeiros Militares, com 2º grau completo e que possua especialização em Prevenção e Combate a Incêndio (carga horária mínima de 60 horas) e técnicas de emergências médicas (carga horária mínima de 40 horas), além de curso de técnica de ensino de no mínimo 40 horas

5.4.5.1 Para as edificações enquadradas no risco alto, o profissional habilitado, é toda pessoa com curso de engenharia de segurança ou pessoa com curso de nível superior e mais curso de no mínimo 100 horas de primeiros socorros e 400 horas de prevenção e combate a incêndios.

5.4.6 A avaliação teórica é realizada na forma escrita, preferencialmente dissertativa, conforme parte A do anexo B, e a avaliação prática é realizada de acordo com o desempenho do aluno nos exercícios realizados, conforme parte B do anexo B.

5.5 Atribuições da brigada de incêndio

5.5.1 Ações de prevenção:

a) avaliação dos riscos existentes;

b) inspeção geral dos equipamentos de combate a incêndio;

c) inspeção geral das rotas de fuga;

d) elaboração de relatório das irregularidades encontradas;

e) encaminhamento do relatório aos setores competentes;

f) orientação à população fixa e flutuante;
g) exercícios simulados.

5.5.2 Ações de emergência:

a) identificação da situação;

b) alarme/abandono de área;

c) acionamento do Corpo de Bombeiros e/ou ajuda externa;

d) corte de energia;

e) primeiros socorros;

f) combate ao princípio de incêndio;

g) recepção e orientação ao Corpo de Bombeiros;

h) preenchimento do formulário de registro de trabalho dos bombeiros;

i) encaminhamento do formulário ao Corpo de Bombeiros para atualização de dados estatísticos.

5.6 Procedimentos básicos de emergência

5.6.1 Alerta
Identificada uma situação de emergência, qualquer pessoa pode alertar, por meio de meios de comunicação disponíveis, os ocupantes e os brigadistas.

5.6.2 Análise da situação
Após o alerta, a brigada deve analisar a situação, desde o início até o final do sinistro. Havendo necessidade, acionar o Corpo de Bombeiros e apoio externo, e desencadear os procedimentos necessários, que podem ser priorizados ou realizados simultaneamente, de acordo com o número de brigadistas e os recursos disponíveis no local.

5.6.3 Primeiros socorros
Prestar primeiros socorros às possíveis vítimas, mantendo ou restabelecendo suas funções vitais com SBV (Suporte Básico da Vida) e RCP (Reanimação Cardio-Pulmonar) até que se obtenha o socorro especializado.

5.6.4 Corte de energia
Cortar, quando possível ou necessário, a energia elétrica dos equipamentos, da área ou geral.

5.6.5 Abandono de área
Proceder ao abandono da área parcial ou total, quando necessário, conforme comunicação preestabelecida, removendo para local seguro, a uma distância mínima de 100 m do local do sinistro, permanecendo até a definição final.

5.6.6 Confinamento do sinistro
Evitar a propagação do sinistro e suas conseqüências.

5.6.7 Isolamento da área
Isolar fisicamente a área sinistrada, de modo a garantir os trabalhos de emergência e evitar que pessoas não autorizadas adentrem ao local.

5.6.8 Extinção
Eliminar o sinistro, restabelecendo a normalidade.

5.6.9 Investigação
Levantar as possíveis causas do sinistro e suas conseqüências e emitir relatório para discussão nas reuniões extraordinárias, com o objetivo de propor medidas corretivas para evitar a repetição da ocorrência.

5.6.10 Com a chegada do Corpo de Bombeiros, a brigada deve ficar a sua disposição.

5.6.11 Para a elaboração dos procedimentos básicos de emergência deve-se consultar o fluxograma constante no exemplo 4.

5.7 Controle do programa de brigada de incêndio

5.7.1 Reuniões ordinárias
Devem ser realizadas reuniões mensais com os membros da brigada, com registro em ata, onde são discutidos os seguintes assuntos:

a) funções de cada membro da brigada dentro do plano;

b) condições de uso dos equipamentos de combate a incêndio;

c) apresentação de problemas relacionados à prevenção de incêndios encontrados nas inspeções para que sejam feitas propostas corretivas;

d) atualização das técnicas e táticas de combate a incêndio;

e) alterações ou mudanças do efetivo da brigada;

f) outros assuntos de interesse.

5.7.2 Reuniões extraordinárias
Após a ocorrência de um sinistro ou quando identificada uma situação de risco iminente, fazer uma reunião extraordinária para discussão e providências a serem tomadas. As decisões tomadas são registradas em ata e enviadas às áreas competentes para as providências pertinentes.

5.7.3 Exercícios simulados
Deve ser realizado, a cada 6 meses, no mínimo um exercício simulado no estabelecimento ou local de trabalho com participação de toda a população. Imediatamente após o simulado, deve ser realizada uma reunião extraordinária para avaliação e correção das falhas ocorridas. Deve ser elaborada ata na qual conste:

a) horário do evento;

b) tempo gasto no abandono;

c) tempo gasto no retorno;

d) tempo gasto no atendimento de primeiros socorros;

e) atuação da brigada;
f) comportamento da população;

g) participação do Corpo de Bombeiros e tempo gasto para sua chegada;

h) ajuda externa (PAM - Plano de Auxílio Mútuo);

i) falhas de equipamentos;

j) falhas operacionais;
l) demais problemas levantados na reunião.

5.8 Procedimentos complementares

5.8.1 Identificação da brigada

a) Devem ser distribuídos em locais visíveis e de grande circulação, quadros de aviso ou similar, sinalizando a existência da brigada de incêndio e indicando seus integrantes com suas respectivas localizações.

b) O brigadista deve utilizar constantemente em lugar visível um crachá que o identifique como membro da Brigada.

c) No caso de uma situação real ou simulado de emergência, o brigadista deve usar braçadeira, colete ou capacete para facilitar sua identificação e auxiliar na sua atuação.

5.8.2 Comunicação interna e externa

a) Nas plantas em que houver mais de um pavimento, setor, bloco ou edificação, deve ser estabelecido previamente um sistema de comunicação entre os brigadistas, a fim de facilitar as operações durante a ocorrência de uma situação real ou simulado de emergência.

b) Essa comunicação pode ser feita por meio de telefones, quadros sinópticos, interfones, sistemas de alarme, rádios, alto-falantes, sistemas de som interno, etc.

c) Caso seja necessária a comunicação com meios externos (Corpo de Bombeiros ou Plano de Auxílio Mútuo) a telefonista ou o rádio-operador é a(o) responsável por ela. Para tanto faz-se necessário que essa pessoa seja devidamente treinada e que esteja instalada em local seguro e estratégico para o abandono.

5.8.3 Ordem de abandono
O responsável máximo da brigada de incêndio (Coordenador geral, Chefe da brigada ou Líder, conforme o caso) determina o início do abandono, devendo priorizar o(s) local(is) sinistrado(s), o(s) pavimento(s) superior(es) a este(s), o(s) setor(es) próximo(s) e o(s) local(is) de maior risco.

5.8.4 Ponto de encontro
Devem ser previstos um ou mais pontos de encontro dos brigadistas, para distribuição das tarefas conforme 5.6.

5.8.5 Grupo de apoio
O grupo de apoio é formado com a participação da Segurança Patrimonial (ver item 5.1.7), de eletricistas, encanadores, telefonistas e técnicos especializados na natureza da ocupação.

5.9 Recomendações gerais

Em caso de simulado ou incêndio adotar os seguintes procedimentos:

a) manter a calma;

b) caminhar em ordem sem atropelos;

c) não correr e não empurrar;

d) não gritar e não fazer algazarras;

e) não ficar na frente de pessoas em pânico, se não puder acalmá-las, evite-as. Se possível avisar um brigadista;

f) todos os empregados, independente do cargo que ocupar na empresa, devem seguir rigorosamente as instruções do brigadista;

g) nunca voltar para apanhar objetos; Ao sair de um lugar, fechar as portas e janelas sem trancá-las;

h) não se afastar dos outros e não parar nos andares;

i) levar consigo os visitantes que estiverem em seu local de trabalho;

j) sapatos de salto alto, devem ser retirados;

l) não acender ou apagar luzes, principalmente se sentir cheiro de gás;

m) deixar a rua e as entradas livres para a ação dos bombeiros e do pessoal de socorro médico;

n) ver como seguro, local pré-determinado pela brigada e aguardar novas instruções;

Em locais com mais de um pavimento:

o) nunca utilizar o elevador;

p) não subir, procurar sempre descer;

q) ao utilizar as escadas de emergência, descer sempre utilizando o lado direito da escada;

Em situações extremas:

r) nunca retirar as roupas, procurar molhá-las a fim de proteger a pele da temperatura elevada (exceto em simulados);

s) se houver necessidade de atravessar uma barreira de fogo, molhar todo o corpo, roupas, sapatos e cabelo. Proteger a respiração com um lenço molhado junto à boca e o nariz; manter-se sempre o mais próximo do chão; já que é o local com menor concentração de fumaça;

t) sempre que precisar abrir uma porta, verificar se ela não está quente, e mesmo assim só abrir vagarosamente;

u) se ficar preso em algum ambiente, procurar inundar o local com água, sempre se mantendo molhado;

v) não saltar mesmo que esteja com queimaduras ou intoxicações.
5.10 Certificação e avaliação

5.10.1 Os integrantes da brigada de incêndio podem ser avaliados pelo Corpo de Bombeiros, durante as vistorias técnicas, de acordo com o anexo C desta instrução técnica.

5.10.1.1 Para esta avaliação, o vistoriador deve escolher um brigadista e fazer 6 (seis) perguntas dentre as 23 (vinte e três) constantes do anexo C. O avaliado deve acertar no mínimo 3 (três) das perguntas feitas. Quando isto não ocorrer, deve ser avaliado outro brigadista e caso este também não acerte o mínimo estipulado acima, deve ser exigido um novo treinamento.

5.10.2 Os profissionais habilitados para formação de brigada de incêndio, devem ser certificados por organismo do Sistema Brasileiro de Certificação, de acordo com o item 5.4.5 desta instrução técnica.

5.10.3 O descumprimento dos requisitos estabelecidos por esta instrução técnica será motivo para o órgão técnico do Corpo de Bombeiros não fornecer ou cassar o Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB).

5.10.4 Ficam isentas da exigência de brigada de incêndio, além das disposições constantes no anexo A, as edificações enquadradas nos casos de procedimento simplificado do Corpo de Bombeiros.

5.10.4.1 Recomenda-se, para estes casos, a permanência de pessoas capacitadas a operar os equipamentos de combate a incêndio existentes na edificação.

5.10.5 As edificações que possuem bombeiro profissional civil, que execute exclusivamente serviços de prevenção e proteção contra incêndio, terão decréscimo na proporção de 20% na quantidade mínima de brigadistas, para cada bombeiro, por turno de 24 horas, até o limite de 60%.

5.10.5.1 Os bombeiros profissionais civis, computados para decréscimo, conforme exposto acima, devem ser avaliados pelo Corpo de Bombeiros, durante as vistorias técnicas, de acordo com o anexo D desta instrução técnica.

5.10.5.2 Para esta avaliação, o vistoriador deve escolher um bombeiro civil e fazer 8 (oito) perguntas dentre as 30 (trinta) constantes do anexo D. O avaliado deve acertar no mínimo 4 (quatro) das perguntas feitas. Quando isto não ocorrer, deve ser avaliado outro bombeiro e caso este também não acerte o mínimo estipulado acima, deve ser exigido a reciclagem nos termos da NBR 14608.

5.10.5.3 A formação e reciclagem do bombeiro profissional civil deve atender as exigências da NBR 14608.

5.10.6 A edificação que possuir posto de bombeiro interno, com efetivo mínimo de 5 (cinco) bombeiros profissionais civis (por turno de 24 horas) e viatura de combate a incêndio devidamente equipada, nos parâmetros da NBR 14096 viaturas de combate a incêndio, poderá solicitar isenção de brigada de incêndio, a qual deve ser analisada em comissão técnica ordinária.



Exemplos de organogramas de brigadas de incêndio:

Exemplo 1: Empresa com uma edificação, um pavimento e cinco brigadistas.






Exemplo 2: Empresa com uma edificação, três pavimentos e três brigadistas por pavimento.





Exemplo 3: Empresa com duas edificações, a primeira com três pavimentos e dois brigadistas por pavimento, e a segunda com um pavimento e quatro brigadistas por pavimento.


Exemplo 4:

Fluxograma de procedimento de emergência da brigada de incêndio (recomendação)








ANEXO A - Percentual de cálculo para composição da brigada de incêndio

População fixa
por pavimento
Grupo Divisão Descrição até 10 Acima de 10
A
Residencial A-1 Habitação unifamiliar Isento
A-2 Habitação multifamiliar Fazem parte da brigada de incêndio todos os funcionários da edificação
A-3 Habitação coletiva (*) 50% 10%
B
Serviço de Hospedagem B-1 Hotel e assemelhado 50% 10%
B-2 Hotel residencial (**) 50% 10%
C
Comercial C-1 Local onde os materiais comercializados ou depositados apresentem baixa carga de incêndio 40% 5%
C-2 Local onde os materiais comercializados ou depositados apresentem média carga de incêndio 40% 5%
C-3 Local onde os materiais comercializados ou depositados apresentem alta carga de incêndio 50% 20%
D
Serviço profissional D-1 Local para prestação de serviço profissional ou condução de negócios 30% 10%
D-2 Agência bancária 40% 10%
D-3 Serviço de reparação (exceto os classificados em G e I) 40% 10%
D-4 Laboratório 40% 10%
E
Educacional e cultura física E-1 Escola em geral 40% 20%
E-2 Escola especial 40% 20%
E-3 Espaço para cultura física 40% 20%
E-4 Centro de treinamento profissional 40% 20%
E-5 Pré-escola Faz parte da brigada de incêndio toda a população fixa
E-6 Escola para portadores de deficiências Faz parte da brigada de incêndio toda a população fixa
F
Local de Reunião Pública
F-1 Local onde há objeto de valor inestimável Faz parte da brigada de incêndio toda a população fixa
F-2 Local religioso e velório Faz parte da brigada de incêndio toda a população fixa
F-3 Centro esportivo e de exibição Faz parte da brigada de incêndio toda a população fixa
F-4 Estação e terminal de passageiro 60% 20%
F-5 Arte cênica e auditório Faz parte da brigada de incêndio toda a população fixa
F-6 Clube social e diversão Faz parte da brigada de incêndio toda a população fixa
F-7 Construção provisória Faz parte da brigada de incêndio toda a população fixa
F-8 Local para refeição 60% 20%
F-9 Recreação pública 40% 10%
F-10 Exposição de objetos e animais Faz parte da brigada de incêndio toda a população fixa
G
Serviço automotivo G-1 Garagem sem acesso de público e sem abastecimento Faz parte da brigada de incêndio toda a população fixa
G-2 Garagem com acesso de público e sem abastecimento Faz parte da brigada de incêndio toda a população fixa
G-3 Local dotado de abastecimento de combustivel Faz parte da brigada de incêndio toda a população fixa
G-4 Serviço de conservação, manutenção e reparos 50% 10%
H
Serviço de saúde e institucional H-1 Hospitais veterinários e assemelhados 50% 10%
H-2 Local onde pessoas requerem cuidados especiais por limitações físicas ou mentais Faz parte da brigada de incêndio todos os funcionários da edificação
H-3 Hospital e assemelhado. 60% 20%
H-4 Repartição pública, edificações das forças armadas e policiais 30% 10%
H-5 Local onde a liberdade das pessoas sofre restrições Faz parte da brigada de incêndio todos os funcionários da edificação
H-6 Clínica e consultório médico e odontológico 40% 20%
I
Indústria I-1 Todo tipo de atividade industrial (baixa carga incêndio) 40% 5%
I-2 Todo tipo de atividade industrial (média carga incêndio) 50% 7%
I-3 Todo tipo de atividade industrial (alta carga incêndio) 60% 10%
J
Depósito J-1 Depósitos de material incombustível 40% 10%
J-2 Todo tipo de depósito (baixa carga incêndio) 40% 10%
J-3 Todo tipo de depósito (média carga incêndio) 50% 20%
J-4 Todo tipo de depósito (alta carga incêndio) Faz parte da brigada de incêndio toda a população fixa
L
Explosivos L-1 Comércio Faz parte da brigada de incêndio toda a população fixa
L-2 Indústria Faz parte da brigada de incêndio toda a população fixa
L-3 Depósito Faz parte da brigada de incêndio toda a população fixa
M
Especial M-1 Túnel Isento
M-2 Parque de tanque 60% 10%
M-3 Central de comunicação e energia Faz parte da brigada de incêndio toda a população fixa
M-4 Propriedade em transformação 30% 5%
M-5 Processamento de lixo 50% 7%
M-6 Terra selvagem Isento
(*) Na divisão A-3 não se aplica o índice à população fixa com idade acima de 60 anos e abaixo de 18 anos.
(**) Na divisão H-5 o índice aplica-se somente aos funcionários da edificação.


ANEXO B

Currículo básico do curso de formação de brigada de incêndio

OBJETIVO: Proporcionar aos alunos conhecimentos básicos sobre prevenção, isolamento e extinção de princípios de incêndio, abandono de local com sinistro, além de técnicas de primeiros socorros.

INSTRUTORES E AVALIADORES: Profissionais habilitados.

TURMAS: Composta de no máximo 20 alunos.


A - Parte Teórica

Módulo Assunto Objetivos
01 Introdução Objetivos do curso e o brigadista Conhecer os objetivos gerais do curso, responsabilidades e comportamento do brigadista.
02 Teoria do fogo Combustão e seus elementos Conhecer o tetraedro do fogo
03 Propagação do fogo Condução, irradiação e convecção Conhecer os processos de propagação do fogo.
04 Classes de incêndio Classificação e características Conhecer as classes de incêndio.

05 Métodos de extinção Isolamento, abafamento, resfriamento e extinção química Conhecer os métodos e suas aplicações.
06 Ventilação Técnicas de ventilação Conhecer os métodos e técnicas de ventilação de ambientes em chamas e sua importância.
07 Agentes extintores Água (jato/neblina), PQS, CO2, espumas e outros Conhecer os agentes, suas características e aplicações.
08 Equipamentos de combate a incêndio Extintores, hidrantes, mangueiras e acessórios, EPI, corte, arrombamento, remoção e iluminação Conhecer os equipamentos suas aplicações e manuseio.
09 Equipamentos de detecção, alarme e comunicações Tipos e funcionamento Conhecer os meios mais comuns de sistemas e manuseio.
10 Abandono de área Procedimentos Conhecer as técnicas de abandono de área, saída organizada, pontos de encontro e chamada e controle de pânico.
11 Análise de vítimas Avaliação Primária Conhecer as técnicas de exame primário (sinais vitais)
12 Vias aéreas Causas de obstrução e liberação Conhecer os sintomas de obstruções em adultos , crianças e bebês conscientes e inconscientes
13 RCP (Reanimação Cardio-Pulmonar) Ventilação artificial e compressão cardíaca externa Conhecer as técnicas de RCP com 1 e 2 socorristas para adultos, crianças e bebês
14 Hemorragias Classificação e tratamento Reconhecimento e técnicas de hemostasia em hemorragias externas

B – Parte Prática

Módulo Assunto Objetivos
01 Prática Combate a incêndios Praticar as técnicas de combate a incêndio, em local adequado.
02 Prática Primeiros Socorros Praticar as técnicas dos módulos 11 a 14 da parte A

C – Avaliação

Módulo Assunto Objetivos
01 Avaliação Geral Avaliar individualmente os alunos conforme descrito no item 5.4.6.



ANEXO C

Questionário de Avaliação de Brigadista

O presente questionário deve ser aplicado durante a realização das vistorias, aos integrantes da brigada de incêndio que constam no atestado fornecido.
O bombeiro vistoriador deve assinalar CERTO, quando a resposta estiver correta e ERRADO, quando o brigadista errar ou não responder.
As perguntas devem estar limitadas aos sistemas de proteção contra incêndio existentes na edificação.


1 – Quantas escadas de segurança existem na edificação?

CERTO ERRADO

2 – As portas corta-fogo de uma escada de segurança podem permanecer abertas?

CERTO ERRADO

3 – Onde se localiza a central de alarme?

CERTO ERRADO

4 – Onde se localiza a central de iluminação de emergência?

CERTO ERRADO

5 – Onde se localiza a central de deteção de incêndio?

CERTO ERRADO

6 – Solicitado para que apontasse um detetor de incêndio instalado na edificação:

CERTO ERRADO

7 – Solicitado para que apontasse um acionador manual do sistema de alarme instalado na edificação:

CERTO ERRADO

8 – Qual a cor da tubulação do sistema de hidrantes?

CERTO ERRADO

9 – Solicitado que demonstrasse a forma de acionamento de um hidrante existente na edificação:

CERTO ERRADO

10 – Solicitado que demonstrasse a forma de funcionamento do sistema de espuma por meio de aparelho entre linhas, esguicho proporcionador ou câmara de aplicação:

CERTO ERRADO

11 – Cite três elementos que formam o tetraedro do fogo:

CERTO ERRADO

12 – Quais são os métodos de extinção do fogo?

CERTO ERRADO

13 – Qual o tipo de extintor existente na edificação ideal para combater incêndio classe A?

CERTO ERRADO

14 – Qual o tipo de extintor existente na edificação ideal para combater incêndio classe B?

CERTO ERRADO

15 – Qual o tipo de extintor existente na edificação ideal para combater incêndio classe C?

CERTO ERRADO

16 – Solicitado que demonstrasse a forma de utilização de um extintor de incêndio existente na edificação:

CERTO ERRADO

17 – Qual o telefone para acionamento do Corpo de Bombeiros?

CERTO ERRADO

18 – Qual a seqüência para análise primária de uma vítima?

CERTO ERRADO

19 – Como deve ser a RCP em um adulto atendido por um único socorrista?

CERTO ERRADO

20 – Onde se localiza a chave geral de energia elétrica da edificação?

CERTO ERRADO

21- Perguntado sobre os procedimentos de teste do funcionamento do sistema de chuveiros automáticos:

CERTO ERRADO

22- Qual o procedimento para se efetuar a troca de um bico de chuveiro automático?

CERTO ERRADO

23- Como é o acionamento manual do sistema fixo de gás (CO2 ou outros)?

CERTO ERRADO




Ocupação: _____________________End.:_________________________________________

Nº Vistoria:_______________ Nº Proposta:______________

Nome do avaliado (1) ___________________________________Nº de acertos____ ( )aprovado ( )reprovado
Nome do avaliado (2) ___________________________________Nº de acertos____ ( )aprovado ( )reprovado

Data :____/____/_________



___________________________________ _______________________________
Avaliado (1) Avaliado (2)



____________________________________ ______________________________
Vstoriador(Avaliador) Testemunha


ANEXO D

Questionário de avaliação de bombeiro profissional civil

O presente questionário deve ser aplicado durante a realização das vistorias, aos bombeiros profissionais civis que trabalham na edificação.
O bombeiro vistoriador deve assinalar CERTO, quando a resposta estiver correta e ERRADO, quando o brigadista não souber a resposta.
As perguntas devem estar limitadas aos sistemas de proteção contra incêndio existentes na edificação.


1 – Quais os elementos que formam o tetraedro do fogo?

CERTO ERRADO

2 – Quais os métodos de extinção do fogo?

CERTO ERRADO

3 – Cite um extintor existente na edificação ideal para incêndio classe C?

CERTO ERRADO

4 – Cite um extintor existente na edificação ideal para incêndio classe A?

CERTO ERRADO

5 – Cite um extintor existente na edificação ideal para incêndio classe B?

CERTO ERRADO

6 – Quais as temperaturas ou pontos do fogo?

CERTO ERRADO

7 – Para que serve a válvula de recalque instalada na calçada da edificação?

CERTO ERRADO

8 – Cite dois cuidados que se deve ter com as mangueiras de incêndio:

CERTO ERRADO

9 – Cite qual o número de telefone usado para acionamento do Corpo de Bombeiros:

CERTO ERRADO

10 – Demonstre a forma de utilização de um extintor de incêndio de CO2 :

CERTO ERRADO

11 – Demonstre, a partir do hidrante, como deve ser armada uma linha de combate a incêndio, quando operada por uma única pessoa:

CERTO ERRADO

12 – Mostre na edificação a localização da bomba de incêndio:

CERTO ERRADO

13 – Explique qual o procedimento para se efetuar a troca de um bico de chuveiro automático:

CERTO ERRADO

14 – Qual a seqüência da análise primária de uma vítima?

CERTO ERRADO

15 – Demonstre o emprego do respirador manual (ambú) em uma vítima com parada respiratória.

CERTO ERRADO

16 – Descreva dois sintomas de uma vítima com ataque cardíaco:

CERTO ERRADO

17 – Demonstre a aplicação de massagem cardíaca e respiração em um adulto com auxílio do respirador manual (ambu):

CERTO ERRADO

18 – Como se procede a RCP em uma vítima atendida por dois socorristas?

CERTO ERRADO

19 – Como deve ser tratada uma vítima com hemorragia venosa no braço?

CERTO ERRADO

20 – Cite dois cuidados que se devem ter com uma vítima de queimadura de 2º grau:

CERTO ERRADO

21- Como deve ser tratada uma vítima de ataque epiléptico?

CERTO ERRADO

22- cite duas providências que devem ser tomadas em caso de vítima de choque elétrico:

CERTO ERRADO

23- O que significa um X junto ao número da ONU numa placa de identificação de produtos perigosos?

CERTO ERRADO

24- Para que serve o sistema de pressurização em escada de emergência?

CERTO ERRADO

25- O que significa um extintor com capacidade 2A e 20B?

CERTO ERRADO

26- Onde se localiza o barrilete do sistema de combate a incêndio da edificação?

CERTO ERRADO

27- Qual a primeira providência a ser tomada antes da retirada de uma pessoa retida em um elevador?

CERTO ERRADO


28- Para que serve a válvula de governo e alarme do sistema de chuveiro automático?

CERTO ERRADO

29- Demonstre a colocação da máscara autônoma contra gases:

CERTO ERRADO

30- Explique dois processos para se efetuar ventilação em um ambiente tomado por fumaça:

CERTO ERRADO

Ocupação: _____________________End.:_________________________________________

Nº Vistoria:_______________ Nº Proposta:______________

Nome do avaliado (1) ___________________________________Nº de acertos____ ( ) aprovado
( ) reprovado
Nome do avaliado (2) ___________________________________Nº de acertos____ ( ) aprovado
( ) reprovado

Data :____/____/_________



______________________________ ______________________________
Avaliado (1) Avaliado (2)




______________________________ ______________________________
Vistoriador

Doenças de Pele


Como prevenir e detectar o cancro da pele. Tem elevadas taxas de cura quando diagnosticado e tratado na fase inicial.


O cancro da pele é o tipo de cancro mais frequente nos indivíduos de raça branca (caucasiana). A exposição excessiva ao sol é considerada a causa mais frequente de cancro da pele (cerca de 90 por cento dos casos).

Quais são os tipos de cancro da pele mais frequentes?

Basalioma ou carcinoma baso-celular;
Carcinoma espinocelular ou pavimento-celular;
Melanoma maligno.
O que é o basalioma ou carcinoma baso-celular?

É o tipo de cancro cutâneo mais vulgar. Atinge sobretudo as pessoas de pele clara que se expõem regularmente ao sol: trabalhadores rurais, pescadores, trabalhadores da construção civil, etc. Surge habitualmente depois dos 40 anos e localiza-se preferencialmente nas áreas do corpo mais expostas ao sol: face, pescoço e dorso.

Pode manifestar-se sob a forma de um nódulo rosado e brilhante, de crescimento lento ou de uma ferida superficial, que surge sem causa aparente e que não revela tendência para a cura espontânea.

O tratamento, nas fases iniciais, é muito simples e resulta quase sempre na cura do tumor. Todavia, se for deixado evoluir sem tratamento, pode tornar-se muito agressivo, invadindo os tecidos circundantes, e provocar grandes defeitos e mutilações, sobretudo em certas áreas anatómicas (nariz, pavilhões auriculares, pálpebras, etc.). Mesmo nestas fases é muitas vezes possível curar o tumor recorrendo à cirurgia e à radioterapia. Só que o doente pode ficar desfigurado para o resto da vida.

O que é o carcinoma espinocelular?

É o segundo tipo de cancro da pele mais frequente. Atinge igualmente os grupos profissionais que estão permanentemente expostos ao sol, mas de grupos etários mais avançados que no caso do basalioma.

Surge nas áreas do corpo mais expostas (face, pescoço, dorso das mãos e pernas) e quase sempre sobre lesões precursoras (pré-cancerosas). Na maior parte dos casos surge sobre as chamadas queratoses solares ou actínicas, mas também pode originar-se a partir de cicatrizes, pós-queimadura, úlceras e fístulas crónicas ou em pessoas que estiveram muito tempo em contacto com agentes carcinogénicos (tabaco, raios X, arsénico, alcatrão e derivados).

O carcinoma espinocelular é um tumor mais agressivo e de crescimento mais rápido que o basalioma. Manifesta-se habitualmente sob a forma de um nódulo, de crescimento rápido, com tendência para ulcerar e sangrar facilmente. Além de ser localmente invasivo pode, abandonado à sua evolução natural, dar origem a metástases à distância, que podem invadir órgãos vitais e provocar a morte.

Todavia, quando diagnosticado e tratado a tempo tem elevadas probabilidades de cura.

O que é o melanoma?

É o cancro da pele mais perigoso e um dos tumores malignos mais agressivos da espécie humana. Origina-se a partir dos melanócitos da epiderme, células responsáveis pelo fabrico do pigmento natural (melanina) que dá a cor bronzeada à pele. Atinge grupos etários mais jovens que o basalioma e o carcinoma espinocelular.

Ao contrário do basalioma ou do carcinoma espinocelular, que estão relacionados com a exposição crónica ao sol, o melanoma maligno parece estar mais associado à exposição solar intermitente, aguda e intempestiva, muitas vezes acompanhada de queimaduras solares ("escaldões"), especialmente quando ocorridos em idades jovens.

O melanoma maligno pode surgir sobre pele aparentemente sã, em qualquer parte do corpo ou sobre sinais preexistentes. O aspecto inicial do melanoma é variado, mas caracteriza-se, habitualmente, pelo aparecimento de um pequeno nódulo ou mancha, de cor negra de alcatrão, sobre pele aparentemente sã ou sobre um sinal já existente.

O tratamento é quase sempre cirúrgico e, quando efectuado nas fases iniciais, em que o tumor ainda é muito fino (espessura inferior a meio milímetro), atinge elevadas taxas de cura. Todavia, quando o tumor já é muito espesso (espessura superior a quatro milímetros), as probabilidades de cura ficam drasticamente reduzidas, existindo o risco eminente de metastização à distância.

O diagnóstico precoce é, pois, fundamental.

Quais são os sinais de alarme em relação ao melanoma?

Surgimento recente de um sinal de cor negra em pele aparentemente sã;
Modificação de um sinal já existente;
Alteração do tamanho (crescimento recente);
Alteração da forma (contorno irregular);
Alteração da cor (negra, castanha, rosada);
Aparecimento de prurido (comichão);
Aparecimento de inflamação (vermelhidão);
Aparecimento de ulceração (ferida);
Aparecimento de hemorragia (sangra facilmente).
A que sinais se deve dar atenção?

A maioria esmagadora dos sinais da pele (nevos), quer de nascença quer adquiridos, é completamente inofensiva. Porém, existem alguns, com aspecto particular (nevos atípicos) que podem indicar um maior risco de vir a ter um melanoma.

Características dos nevos:

Nevos atípicos: assimétricos, bordo irregular, cor não uniforme, diâmetro superior a seis milímetros;
Nevos vulgares: simétricos, bordo regular, cor castanha uniforme, diâmetro inferior a seis milímetros.
As pessoas com muitos sinais são aconselhadas a fazer o auto-exame da pele cerca de uma vez por mês. Em caso de dúvida, deve consultar um dermatologista.

Quais são os factores de risco?

Pele clara e sardenta;
Cabelo ruivo ou loiro;
Olhos azuis ou esverdeados;
Queimadura solar fácil, bronzeamento difícil;
Antecedentes de queimadura solar;
Exposição irregular e intermitente ao sol;
Muitos sinais espalhados pelo corpo;
Antecedentes de melanoma em familiares.

quarta-feira, 12 de setembro de 2007

Sonho X Realidade


Sonho X Realidade

Quando estamos sonhando, nem sempre achamos que aquilo é um sonho. Mas o mais interessante é que nos sonhos, não há limites, nos sonhos conseguimos tudo, nos sonhos podemos tudo, nos sonhos nada é proibido.
Qual a barreira que separa o sonho da realidade ???
Será que quando sonhamos, estamos vivendo as frustrações não realizadas, ou será que estamos vivendo, aquilo que gostaríamos de realizar ???
O sonho deve ser comandado pelo subconsciente, no entanto nada impede que o consciente não de uma ajudazinha.
Ora se no sonho, podemos tudo, porque não na realidade ???
Aí vai uma reflexão, quantas vezes, quando acordamos não dizemos para nós mesmos, Ahhh!!! Ainda bem que era sonho.
Com base nisso, e apenas como palpite, imagino que o sonho nos permite viver aquilo que na realidade concluímos ser não sensato. Ou seja através do sonho podemos concluir que grande besteira seria aquela nossa atitude tresloucada de Enfiar a mão na cara da outra pessoa e receber como recompensa um tiro.
Sendo assim concluo que o sonho pode ser nosso amigo para decidirmos de forma sensata o que fazer no momento em que temos que decidir entre a emoção e razão.
Sendo assim os nossos sonhos tão almejados poderão se tornar um dia realidade, ao invés de cortá-los tão rapidamente de nossas vidas, por atitudes impensadas.

Pare um pouco e pense não perca a oportunidade do amanhã, viva a realidade aprendendo com os sonhos. Talvez assim os bons sonhos se tornem realidade.

Abraços

Airton Mendes da Hora
Comunidade ORKUT PARA CRISTO

quarta-feira, 5 de setembro de 2007

Menopausa Vs andropausa » Manifestações iniciais da velhice

Ambas originadas pelo défice hormonal, a menopausa e a andropausa são manifestações no feminino e no masculino de um período específico da vida pertencente ao processo de envelhecimento. Marcadas por mudanças fisiológicas, variam de indivíduo para indivíduo e, sobretudo, consoante o sexo.






Salvo raras excepções, a expressão «as senhoras primeiro» ganha evidência quando se compara a menopausa com a andropausa. De facto, é nas mulheres que se manifestam os primeiros sintomas do envelhecimento, geralmente aos 50 anos, mas pode ser precoce (40 anos) ou tardia (55 anos). No que diz respeito aos homens, tal sintomatologia pode surgir antes dos 40 anos, mas é mais frequente a partir dos 60.

Contudo, quer nos homens quer nas mulheres, ocorrem inúmeras alterações físicas, sexuais, afectivas e cognitivas. As manifestações são, porém, mais evidentes nas mulheres.

«A menopausa é uma etapa bem-definida da vida, nomeadamente, com a cessação da menstruação, que está associada à infertilidade. É também caracterizada por várias alterações, condicionadas pela diminuição de estrogénios», avança o Dr. Carlos Santos, urologista, continuando:

«O défice destas hormonas sexuais femininas interfere com muitos aspectos fisiológicos. A nível urológico, por exemplo, dá-se uma diminuição da lubrificação das paredes vaginais, podendo causar o vaginismo, outras alterações a nível de disfunção sexual feminina ou a incontinência urinária.»

Ao contrário, a andropausa, que é também designada como menopausa masculina, é menos evidente, ou seja, não há uma etapa bem definida em termos de cessação de funções. Por exemplo, a fertilidade mantém-se nos homens. Além disso, sintomas como os afrontamentos ou a sudação nocturna não importunam tanto o sexo masculino, nem são tão evidentes como no sexo feminino.

«O homem sofre uma série de alterações proporcionadas pela diminuição dos androgénios, em particular a testosterona que, por sua vez, pode originar disfunção eréctil, diminuição do volume testi­cular, alterações do orgasmo ou ejaculação fraca. Esta fase pode ser definida como a síndrome produzida pela diminuição progressiva dos androgénios», diz o urologista, comentando que andropausa não é o termo cientificamente correcto.

E explica a razão: «Andropausa é, para muitos autores, uma terminologia controversa, sendo utilizada a expressão inglesa “PADAM”, que significa “deficiência parcial androgénica do homem idoso”. Para mim não faz muito sentido chamar de andropausa a uma fase do homem que é diferente da que ocorre na mulher. Além disso, em termos científicos, PADAM traduz, de forma mais precisa, a etapa masculina da segunda metade da vida, pois define uma diminuição dos androgénios. Usa-se andropausa porque é simples e associa-se à menopausa masculina.»



Desejo sexual diminuído

A cessação da menstruação provocada pela falência da função dos ovários é um aspecto com consequências objectivas. O mesmo não se poderá dizer do défice de testosterona. Contudo, a diminuição do desejo sexual, além de ser objectiva, é comum em ambos os sexos.

A menopausa e a andropausa não devem ser encaradas como doenças, mas sim como fases em que ocorrem sintomas específicos. Daí a existência de terapêuticas que ajudam os indivíduos a ultrapassar esse período com uma melhor qualidade de vida. A sexualidade é uma das áreas em que actuam.

«A terapêutica para a diminuição do desejo sexual passa pela reposição do défice hormonal. Assim como para a mulher existem as terapêuticas hormonais de substituição, que repõem os níveis hormonais de estrogénios, para o homem o tratamento mais actual que repõe os níveis de androgénios é feito com testosterona em gel», indica Carlos Santos.

Tal como acontece com a THS, para as mulheres, o gel responsável pelo aumento da libido masculina também contribui para a diminuição dos afrontamentos, dos suores e da ansiedade. A aplicação é feita, uma vez por dia, em zonas corporais de fácil acesso, normalmente no ombro ou na barriga.

«O uso da testosterona em gel obriga a uma vigilância médica, porque é apenas indicado para os homens que têm uma deficiência de testosterona. Outras alterações que possam ocorrer, como a disfunção eréctil, são tratadas com fármacos diferentes», menciona o urologista, advertindo que «algumas patologias podem ser agravadas pelo uso da testosterona em gel, nomeadamente o carcinoma da próstata».

E conclui: «É preciso ter noção de que, quer na menopausa, quer na andropausa, não há apenas uma diminuição de estrogénios e de androgénios. Trata--se de um processo de envelhecimento normal, fisiológico, que está associado a alterações multiormonais e a deficiências hormonais, como a hormona do crescimento.»



Geriatria em discussão

«Doença de Alzheimer: o tratamento farmacológico», «Gerontopsiquiatria: a depressão no idoso» e «Alterações da Memória com o Envelhecimento». Estas e muitas outras temáticas estiveram em discussão no XXV Congresso Português de Geriatria, que teve lugar na cidade de Lisboa, entre os dias 6 e 8 de Outubro. Durante o evento decorreu, ainda, a II Jornada Luso-Brasileira de Geriatria e a Jornada de Gerontologia Social.



Fonte: Medicina & Saúde®

segunda-feira, 27 de agosto de 2007

Tenossinovite



Tenossinovite
Dr. Antônio Scafuto Scotton – Reumatologista

Tenossinovite é a inflamação da membrana que recobre os tendões, dentro dos quais estes tendões se deslocam com a finalidade de proporcionar movimentos as articulações.
Um grande número de doenças pode provocar uma tenossinovite, como por exemplo, artrite reumatóide, gota, infecções, porém a causa mais freqüente é o trauma. Este trauma pode ser um trauma direto ou por uma pressão anormal sobre o tendão (como por exemplo o uso de um calçado apertado). Muitas vezes a tenossinovite se instala após um período de hiperatividade envolvendo uma determinada unidade músculotendinea. Esta condição está muitas vezes relacionada a um esforço repetitivo e em algumas situações no trabalho. A condição é manifestada por dor, edema e crepitação palpável quando o tendão é movimentado (tendinite crepitante).
O quadro clínico normalmente entra em remissão se a articulação é imobilizada por alguns dias.
A doença pode evoluir para quadro de tenossinovite estenosante que é o espessamento da bainha do tendão com redução da espessura interna, por onde o tendão se desloca. Em determinados pontos onde o tendão passa por anéis fibrosos ou proximo a eminências ósseas, o tendão fica momentaneamente preso, dando origem ao chamado “dedo em gatilho”.
A tenossinovite pode desta forma contribuir para redução da qualidade de vida do paciente com dor local e perda da função.
Entre os locais mais comuns acometidos pela tenossinovite temos o flexor do polegar, os flexores e extensores dos dedos das mãos, tendões dos joelhos e tornozelos.
Alguns desses quadros merecem atenção especial, como a inflamação do abdutor longo do polegar e extensor curto do polegar, que é bastante comum entre pessoas que exercem atividades repetitivas com as mãos e que recebe o nome de tendinite de “De Quervain”.
A síndrome do túnel do carpo é uma doença causada pela compressão e degeneração do nervo mediano ao nível do punho, levando a dor e formigamento na mão.
Nos pés podemos ter a síndrome do túnel do tarso que é uma neuropatia com sintomatologia semelhante a síndrome do túnel do carpo.
Outras formas de acometimento inflamatório periarticular são as tendinites e bursites.
A tendinite é uma condição atribuída a lesão no tendão e sua inserção no osso. Freqüentemente a tendinite está relacionada a uma ocupação ou exercício físico. No ombro temos a tendinite bicipital e do supraespinhoso que levam a dor e impotência funcional, sendo comumente confundidas com a bursite. No cotovelo a epicondilite é uma condição bastante comum, resultante de um uso excessivo da articulação ou trauma, levando a dor local principalmente a extensão do punho.
As bursites são inflamações das bolsas periarticulares, bolsas estas que são sacos fechados que servem para facilitar o movimento dos tendões e ligamentos sobre as eminências ósseas.
Existem mais de 80 bolsas de cada lado do corpo, algumas sendo mais agredidas que outras e recebendo um nome.
Assim temos bursite trocanterica, olecraniana, aquiliana, prepatelar, anserina, do calcâneo, etc, de acordo com sua localização.
Tratamento
Se o paciente procura o médico logo aos primeiros sinais da doença, o prognóstico melhora muito e há resolução do quadro geralmente com medidas conservadoras.
Se a duração dos sintomas é maior que quatro meses, a fibrose local torna-se muito grande e pode haver necessidade de intervenção cirúrgica.

As medidas conservadoras incluem:

Repouso absoluto da articulação até cessarem os sintomas;
Imobilização com “Splints”.
O tratamento medicamentoso inclui:

Anti-inflamatório não esteróide;
Para dosagem certa, procure orientação médica. Não utilize medicamentos sem o conhecimento do seu médico.
Corticoesteróide oral ou sob a forma de infiltração.
Após o desaparecimento dos sintomas, medidas fisioterápicas e de reeduçação postural devem ser tomadas para que não haja recidiva.

Matéria Original http://www.gruparj.org.br/info/info42/info42_tenossinovite.htm

sábado, 25 de agosto de 2007

Transtorno do Pânico ou Síndrome do Pânico


Transtorno do pânico
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

O Transtorno do Pânico ou Síndrome do Pânico é uma condição mental psiquiátrica que faz com que o indivíduo tenha ataques de pânico esporádicos, intensos e muitas vezes recorrentes.
Índice

* 1 Sintomas
* 2 Ocorrência
* 3 Tratamento
o 3.1 Cura e controle
* 4 Ver também
* 5 Links externos

Sintomas

Indivíduos com o transtorno do pânico geralmente têm uma série de episódios de extrema ansiedade, conhecidos como ataques de pânico. Tais eventos podem durar de alguns minutos a horas, e podem variar em intensidade e sintomas específicos no decorrer da crise (como rapidez dos batimentos cardíacos, experiências psicológicas como medo incontrolável, etc.).

Alguns indivíduos enfrentam esses episódios regularmente – algumas vezes diariamente ou semanalmente. Os sintomas externos de um ataque de pânico geralmente causam experiências sociais negativas como vergonha, estigma social, ostracismo, etc.). Como resultado disto, boa parte dos indivíduos que sofrem de transtorno do pânico também desenvolvem agorafobia.

Ocorrência

O transtorno do pânico é um sério problema de saúde mas pode ser tratado. Geralmente ela é disparada em jovens adultos; cerca de metade dos indivíduos que têm transtorno do pânico o manifestam antes dos 24 anos de idade, mas algumas pesquisas indicam que a manifestação ocorre mais freqüentemente dos 25 aos 30 anos. Mulheres são duas vezes mais propensas a desenvolverem o transtorno do pânico do que os homens.

O transtorno do pânico pode durar meses ou mesmo anos, dependendo de como e quando o tratamento é realizado. Se não tratado, pode piorar a ponto de afetar seriamente a vida social do indivíduo, que tenta evitar os ataques e acaba os tendo. De fato, muitas pessoas tiveram problemas com amigos e familiares ou perderam o emprego em decorrência do transtorno do pânico. Alguns indivíduos podem manifestar os sintomas freqüentemente durante meses ou anos, e então passar anos sem qualquer sintoma. Em outros, os sintomas persistem indefinidamente. Existe também algumas evidências de que muitos indivíduos – especialmente os que desenvolvem os sintomas ainda jovens – podem parar de manifestar os sintomas naturalmente numa idade mais avançada (depois dos 50 anos). É importante, entretanto, não alterar qualquer tratamento ou medicação em andamento sem um acompanhamento médico especializado.

Para indivíduos que procuram tratamento ativo logo no início, grande parte dos sintomas pode desaparecer em algumas poucas semanas, sem quaisquer efeitos negativos até o final do tratamento.

Tratamento

O transtorno do pânico é real e potencialmente incapacitante, mas pode ser controlado. Em decorrência dos sintomas perturbadores que acompanham o transtorno do pânico, este pode ser confundido com alguma outra doença. Tal confusão pode agravar o quadro do indivíduo. As pessoas freqüentemente vão às salas de emergência quando estão tendo ataques de pânico, e muitos exames podem ser feitos para descartar outras possibilidades, gerando ainda mais ansiedade.

O tratamento do transtorno do pânico inclui medicamentos e um tipo de psicoterapia conhecida como terapia cognitivo comportamental. Os profissionais de saúde mental que tipicamente acompanham um indivíduo no tratamento do transtorno do pânico são os psiquiatras, psicólogos, conselheiros de saúde mental e assistentes sociais. Para prescrever um tratamento medicamentoso para o transtorno do pânico, o indivíduo deve procurar um médico (geralmente um psiquiatra).

A psicoterapia é tipicamente assistida por um psiquiatra ou um psicólogo. Em áreas remotas, onde um profissional especializado não está disponível, um médico de família pode se responsabilizar pelo tratamento. O psiquiatra é, por formação, o mais preparado para a prescrição de medicamentos, e deve ser o profissional escolhido caso haja disponibilidade.

Medicamentos podem ser utilizados para quebrar a conexão psicológica entre uma fobia específica e os ataques de pânico. Tais medicamentos podem incluir:

* Antidepressivos (ISRS, IMAO, etc.) – tomados regularmente todos os dias para constituir uma resistência à ocorrência dos sintomas. Embora tais medicamentos sejam descritos como "antidepressivos", nenhum deles tem um efeito anti-pânico bem-definido – muitos indivíduos com o transtorno do pânico não apresentam os sintomas clássicos da depressão e podem achar que os medicamentos foram prescritos erroneamente, por isso é importante a combinação com a psicoterapia.

* Ansiolíticos (benzodiazepínicos) – ministrados durante um episódio de ataque de pânico; não trazem nenhum benefício se usados regularmente (a não ser que os ataques de pânico sejam freqüentes). Se não utilizados exatamente como prescritos, podem viciar. Geralmente são mais eficazes no começo do tratamento, quando as propriedades de resistência dos antidepressivos ainda não se consolidaram.

Cura e controle

A exposição múltipla e cautelosa ao elemento fóbico sem causar ataques de pânico (graças à medicação) pode quebrar o padrão fobia-pânico, possibilitando ao indivíduo posteriormente conviver com a fobia sem necessitar de medicação. Entretanto, fobias menores que se desenvolvem como resultado dos ataques de pânico podem ser eliminadas sem medicação por meio de terapia cognitivo comportamental monitorada ou simplesmente pela exposição.

Geralmente a combinação da psicoterapia com medicamentos produz bons resultados. Alguns avanços podem ser notados num período de 6 a 8 semanas. Muitas vezes, a busca pela combinação correta de medicamentos (e mesmo um médico com o qual o indivíduo se sinta confortável) pode levar algum tempo. Assim, um tratamento apropriado acompanhado por um profissional experiente pode prevenir o ataque de pânico ou ao menos reduzir substancialmente sua freqüência e severidade – significando a recuperação e re-socialização do paciente (se for o caso). Recaídas podem ocorrer, mas geralmente são tratadas com eficácia da mesma forma que o primeiro episódio.

Em adição, pessoas com transtorno do pânico podem precisar de tratamento para outros problemas emocionais. A depressão nervosa geralmente está associada ao transtorno do pânico, como pode haver alcoolismo e uso de drogas. Pesquisas sugerem que tentativas de suicídio são mais freqüentes em indivíduos com transtorno do pânico, embora tais pesquisas ainda sejam bastante controversas.