segunda-feira, 27 de agosto de 2007

Tenossinovite



Tenossinovite
Dr. Antônio Scafuto Scotton – Reumatologista

Tenossinovite é a inflamação da membrana que recobre os tendões, dentro dos quais estes tendões se deslocam com a finalidade de proporcionar movimentos as articulações.
Um grande número de doenças pode provocar uma tenossinovite, como por exemplo, artrite reumatóide, gota, infecções, porém a causa mais freqüente é o trauma. Este trauma pode ser um trauma direto ou por uma pressão anormal sobre o tendão (como por exemplo o uso de um calçado apertado). Muitas vezes a tenossinovite se instala após um período de hiperatividade envolvendo uma determinada unidade músculotendinea. Esta condição está muitas vezes relacionada a um esforço repetitivo e em algumas situações no trabalho. A condição é manifestada por dor, edema e crepitação palpável quando o tendão é movimentado (tendinite crepitante).
O quadro clínico normalmente entra em remissão se a articulação é imobilizada por alguns dias.
A doença pode evoluir para quadro de tenossinovite estenosante que é o espessamento da bainha do tendão com redução da espessura interna, por onde o tendão se desloca. Em determinados pontos onde o tendão passa por anéis fibrosos ou proximo a eminências ósseas, o tendão fica momentaneamente preso, dando origem ao chamado “dedo em gatilho”.
A tenossinovite pode desta forma contribuir para redução da qualidade de vida do paciente com dor local e perda da função.
Entre os locais mais comuns acometidos pela tenossinovite temos o flexor do polegar, os flexores e extensores dos dedos das mãos, tendões dos joelhos e tornozelos.
Alguns desses quadros merecem atenção especial, como a inflamação do abdutor longo do polegar e extensor curto do polegar, que é bastante comum entre pessoas que exercem atividades repetitivas com as mãos e que recebe o nome de tendinite de “De Quervain”.
A síndrome do túnel do carpo é uma doença causada pela compressão e degeneração do nervo mediano ao nível do punho, levando a dor e formigamento na mão.
Nos pés podemos ter a síndrome do túnel do tarso que é uma neuropatia com sintomatologia semelhante a síndrome do túnel do carpo.
Outras formas de acometimento inflamatório periarticular são as tendinites e bursites.
A tendinite é uma condição atribuída a lesão no tendão e sua inserção no osso. Freqüentemente a tendinite está relacionada a uma ocupação ou exercício físico. No ombro temos a tendinite bicipital e do supraespinhoso que levam a dor e impotência funcional, sendo comumente confundidas com a bursite. No cotovelo a epicondilite é uma condição bastante comum, resultante de um uso excessivo da articulação ou trauma, levando a dor local principalmente a extensão do punho.
As bursites são inflamações das bolsas periarticulares, bolsas estas que são sacos fechados que servem para facilitar o movimento dos tendões e ligamentos sobre as eminências ósseas.
Existem mais de 80 bolsas de cada lado do corpo, algumas sendo mais agredidas que outras e recebendo um nome.
Assim temos bursite trocanterica, olecraniana, aquiliana, prepatelar, anserina, do calcâneo, etc, de acordo com sua localização.
Tratamento
Se o paciente procura o médico logo aos primeiros sinais da doença, o prognóstico melhora muito e há resolução do quadro geralmente com medidas conservadoras.
Se a duração dos sintomas é maior que quatro meses, a fibrose local torna-se muito grande e pode haver necessidade de intervenção cirúrgica.

As medidas conservadoras incluem:

Repouso absoluto da articulação até cessarem os sintomas;
Imobilização com “Splints”.
O tratamento medicamentoso inclui:

Anti-inflamatório não esteróide;
Para dosagem certa, procure orientação médica. Não utilize medicamentos sem o conhecimento do seu médico.
Corticoesteróide oral ou sob a forma de infiltração.
Após o desaparecimento dos sintomas, medidas fisioterápicas e de reeduçação postural devem ser tomadas para que não haja recidiva.

Matéria Original http://www.gruparj.org.br/info/info42/info42_tenossinovite.htm

sábado, 25 de agosto de 2007

Transtorno do Pânico ou Síndrome do Pânico


Transtorno do pânico
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

O Transtorno do Pânico ou Síndrome do Pânico é uma condição mental psiquiátrica que faz com que o indivíduo tenha ataques de pânico esporádicos, intensos e muitas vezes recorrentes.
Índice

* 1 Sintomas
* 2 Ocorrência
* 3 Tratamento
o 3.1 Cura e controle
* 4 Ver também
* 5 Links externos

Sintomas

Indivíduos com o transtorno do pânico geralmente têm uma série de episódios de extrema ansiedade, conhecidos como ataques de pânico. Tais eventos podem durar de alguns minutos a horas, e podem variar em intensidade e sintomas específicos no decorrer da crise (como rapidez dos batimentos cardíacos, experiências psicológicas como medo incontrolável, etc.).

Alguns indivíduos enfrentam esses episódios regularmente – algumas vezes diariamente ou semanalmente. Os sintomas externos de um ataque de pânico geralmente causam experiências sociais negativas como vergonha, estigma social, ostracismo, etc.). Como resultado disto, boa parte dos indivíduos que sofrem de transtorno do pânico também desenvolvem agorafobia.

Ocorrência

O transtorno do pânico é um sério problema de saúde mas pode ser tratado. Geralmente ela é disparada em jovens adultos; cerca de metade dos indivíduos que têm transtorno do pânico o manifestam antes dos 24 anos de idade, mas algumas pesquisas indicam que a manifestação ocorre mais freqüentemente dos 25 aos 30 anos. Mulheres são duas vezes mais propensas a desenvolverem o transtorno do pânico do que os homens.

O transtorno do pânico pode durar meses ou mesmo anos, dependendo de como e quando o tratamento é realizado. Se não tratado, pode piorar a ponto de afetar seriamente a vida social do indivíduo, que tenta evitar os ataques e acaba os tendo. De fato, muitas pessoas tiveram problemas com amigos e familiares ou perderam o emprego em decorrência do transtorno do pânico. Alguns indivíduos podem manifestar os sintomas freqüentemente durante meses ou anos, e então passar anos sem qualquer sintoma. Em outros, os sintomas persistem indefinidamente. Existe também algumas evidências de que muitos indivíduos – especialmente os que desenvolvem os sintomas ainda jovens – podem parar de manifestar os sintomas naturalmente numa idade mais avançada (depois dos 50 anos). É importante, entretanto, não alterar qualquer tratamento ou medicação em andamento sem um acompanhamento médico especializado.

Para indivíduos que procuram tratamento ativo logo no início, grande parte dos sintomas pode desaparecer em algumas poucas semanas, sem quaisquer efeitos negativos até o final do tratamento.

Tratamento

O transtorno do pânico é real e potencialmente incapacitante, mas pode ser controlado. Em decorrência dos sintomas perturbadores que acompanham o transtorno do pânico, este pode ser confundido com alguma outra doença. Tal confusão pode agravar o quadro do indivíduo. As pessoas freqüentemente vão às salas de emergência quando estão tendo ataques de pânico, e muitos exames podem ser feitos para descartar outras possibilidades, gerando ainda mais ansiedade.

O tratamento do transtorno do pânico inclui medicamentos e um tipo de psicoterapia conhecida como terapia cognitivo comportamental. Os profissionais de saúde mental que tipicamente acompanham um indivíduo no tratamento do transtorno do pânico são os psiquiatras, psicólogos, conselheiros de saúde mental e assistentes sociais. Para prescrever um tratamento medicamentoso para o transtorno do pânico, o indivíduo deve procurar um médico (geralmente um psiquiatra).

A psicoterapia é tipicamente assistida por um psiquiatra ou um psicólogo. Em áreas remotas, onde um profissional especializado não está disponível, um médico de família pode se responsabilizar pelo tratamento. O psiquiatra é, por formação, o mais preparado para a prescrição de medicamentos, e deve ser o profissional escolhido caso haja disponibilidade.

Medicamentos podem ser utilizados para quebrar a conexão psicológica entre uma fobia específica e os ataques de pânico. Tais medicamentos podem incluir:

* Antidepressivos (ISRS, IMAO, etc.) – tomados regularmente todos os dias para constituir uma resistência à ocorrência dos sintomas. Embora tais medicamentos sejam descritos como "antidepressivos", nenhum deles tem um efeito anti-pânico bem-definido – muitos indivíduos com o transtorno do pânico não apresentam os sintomas clássicos da depressão e podem achar que os medicamentos foram prescritos erroneamente, por isso é importante a combinação com a psicoterapia.

* Ansiolíticos (benzodiazepínicos) – ministrados durante um episódio de ataque de pânico; não trazem nenhum benefício se usados regularmente (a não ser que os ataques de pânico sejam freqüentes). Se não utilizados exatamente como prescritos, podem viciar. Geralmente são mais eficazes no começo do tratamento, quando as propriedades de resistência dos antidepressivos ainda não se consolidaram.

Cura e controle

A exposição múltipla e cautelosa ao elemento fóbico sem causar ataques de pânico (graças à medicação) pode quebrar o padrão fobia-pânico, possibilitando ao indivíduo posteriormente conviver com a fobia sem necessitar de medicação. Entretanto, fobias menores que se desenvolvem como resultado dos ataques de pânico podem ser eliminadas sem medicação por meio de terapia cognitivo comportamental monitorada ou simplesmente pela exposição.

Geralmente a combinação da psicoterapia com medicamentos produz bons resultados. Alguns avanços podem ser notados num período de 6 a 8 semanas. Muitas vezes, a busca pela combinação correta de medicamentos (e mesmo um médico com o qual o indivíduo se sinta confortável) pode levar algum tempo. Assim, um tratamento apropriado acompanhado por um profissional experiente pode prevenir o ataque de pânico ou ao menos reduzir substancialmente sua freqüência e severidade – significando a recuperação e re-socialização do paciente (se for o caso). Recaídas podem ocorrer, mas geralmente são tratadas com eficácia da mesma forma que o primeiro episódio.

Em adição, pessoas com transtorno do pânico podem precisar de tratamento para outros problemas emocionais. A depressão nervosa geralmente está associada ao transtorno do pânico, como pode haver alcoolismo e uso de drogas. Pesquisas sugerem que tentativas de suicídio são mais freqüentes em indivíduos com transtorno do pânico, embora tais pesquisas ainda sejam bastante controversas.

sexta-feira, 24 de agosto de 2007

Saiba Mais sobre Labirintite





Antonio Douglas Menon é médico otorrinolaringologista e trabalha no Hospital Sírio-Libanês.

Labirintite

A pessoa consegue manter o equilíbrio porque seu cérebro recebe um conjunto de informações que processa para definir qual é a posição dela no espaço. Quais são essas informações? São informações táteis, essas percebidas pela pele e que chegam através dos músculos e articulações, as óticas (por isso quando fechamos os olhos podemos perder a noção do equilíbrio) e as auditivas que vêm através dos sons.
Para entender melhor o que é labirintite, uma doença que pode comprometer o equilíbrio, é preciso conhecer um pouco a anatomia do ouvido interno, atrás da membrana do tímpano. Ele é constituído pela cóclea, uma estrutura enovelada semelhante a um caracol que contém as terminações do nervo auditivo, e por três canais semicirculares. Logo abaixo deles está o vestíbulo.
Todas as células que revestem essas estruturas têm a característica de receber as ondas sonoras que fazem vibrar o tímpano e, identificando essas vibrações, transformá-las em estímulo nervoso, em sinal elétrico que através do nervo auditivo alcança o cérebro onde são decodificados os impulsos recebidos.
Quando essas estruturas sofrem processos inflamatórios, infecciosos, destruições ou compressões mecânicas podem provocar os sintomas próprios da labirintite.
Sintomas da labirintite

Drauzio – O que provoca a labirintite?
Menon – A labirintite é uma doença que pode acometer tanto o equilíbrio quanto a parte auditiva. Os órgãos responsáveis pelo equilíbrio e pela audição estão situados dentro do ouvido interno e se comunicam com o sistema nervoso central através dos nervos da audição e do nervo vestibular. Doenças infecciosas, inflamatórias, tumorais e mesmo alterações genéticas podem ocasionar alterações nessas estruturas anatômicas. Essas patologias podem provocar sintomas como vertigem e tonturas.

Drauzio – Qual é a diferença entre vertigem e tontura?
Menon – Vertigem vem do latim “vertere” e quer dizer rodar. A definição clássica de vertigem é alucinação do movimento. Tontura admite outras definições. O indivíduo tem a sensação de desequilíbrio, de instabilidade, de pisar no vazio, de que vai cair.

Drauzio – Vamos deixar bem claro quais sintomas diferenciam a crise de labirintite da tontura comum que a pessoa sente porque se alimentou mal, por exemplo.
Menon – Na vertigem, o indivíduo vê os objetos do ambiente rodarem ao seu redor ou seu corpo rodar em relação ao ambiente. Pode parecer a mesma coisa, mas não é. São duas manifestações diferentes. Uma é subjetiva e a outra, objetiva. Esses sintomas, associados ou não a náuseas, vômitos, sudorese caracterizam a crise labiríntica típica.
Sentir-se mal e ter a sensação de desmaio podem ser sintomas de hipoglicemia, de hipotensão ou de uma síncope e nada têm a ver com o labirinto. É o caso do indivíduo que vai à igreja sem comer, fica sentado muito tempo na mesma posição, tem uma queda nos níveis de açúcar e sente-se mal, com náusea.









Drauzio – Além de sentir as coisas girarem, que outras características tem a labirintite?
Menon –Além da vertigem, a labirintite pode apresentar manifestações neurovegetativas, ou seja, na fase aguda a doença pode ser acompanhada por náuseas, vômitos, sudorese e até por alterações gastrintestinais. Ela pode também estar associada a manifestações auditivas, como perda de audição, sensação de plenitude auditiva (sensação de ouvido cheio ou tapado), zumbido. Trata-se de manifestações audiovestibulares que podem acompanhar a crise de vertigem, embora nem isso nem o inverso sempre aconteçam.
No entanto, existem quadros completos que ocorrem, por exemplo, na Síndrome de Ménière, uma doença comum cujas principais características são crise vertiginosa acompanhada de surdez flutuante, zumbido e alterações neurovegetativas, como náuseas, vômitos, mal-estar e diarréia, que impedem o paciente de locomover-se, de movimentar-se.

Drauzio – Uma manifestação mais ou menos típica da labirintite é a tontura surgir quando a pessoa muda a posição da cabeça. Por que isso acontece?
Menon - Além da doença de Ménière, outras doenças vestibulares dão vertigem. Uma delas é a vertigem postural paroxística. Seu portador desencadeia a crise quando movimenta a cabeça ou movimenta a cabeça e o corpo conjuntamente.

Drauzio – O que acontece dentro da cabeça nesse momento?
Menon – Dentro do labirinto, nos canais semicirculares, há um líquido – a endolinfa - e uma configuração de otólitos, pedras pequeninas que se movimentam quando o indivíduo move a cabeça. No caso da vertigem postural paroxística, na área do utrículo e do sáculo, existem as otocônias, pedrinhas situadas sobre a mácula que se movimentam quando a pessoa mexe a cabeça. Esse é um fator desencadeante da vertigem e um quadro bem definido dentro da otorrinolaringologia. Existem outras doenças vestibulares que podem provocar vertigem além da síndrome de Ménière e da vertigem postural paroxística, como as neuronites ou neurites vestibulares (processos inflamatórios no nervo e nos gânglios vestibulares) e os neurinomas ou schwanomas que são patologias tumorais importantes.

Drauzio – Todas as alterações que aparecem nessa região do ouvido interno podem provocar labirintite?
Menon – Provocam manifestações traduzidas pela vertigem clássica, rotatória, ou tontura caracterizada por desequilíbrio e instabilidade, por exemplo.

Labirintite, álcool e medicamentos
Drauzio – O álcool pode provocar um processo semelhante a esse?
Menon – Pode provocar. Ingerido em doses um pouco maiores, deixa o indivíduo tonto, com alterações vestibulares, reflexos da ação do álcool sobre o labirinto por causa da hipotensão que ele acarreta dentro das estruturas do vestíbulo.
Drauzio – Alguns medicamentos também podem provocar essa manifestação?
Menon – As drogas vestibulotóxicas, por exemplo, também podem provocar manifestações semelhantes às do álcool. Alguns antibióticos aminoglicosídeos, entre eles a gentamicina e outros mais ototóxicos que agem sobre a cóclea inclusive, principalmente a estreptomicina, podem ter alguns efeitos colaterais. No entanto, atualmente um dos tratamentos utilizados para a doença de Ménière, por exemplo, é a injeção intratimpânica de uma droga vestibulotóxica, a gentamicina.
Drauzio – A droga é aplicada no tímpano?
Menon - Há várias técnicas para se fazer isso. Com a cabeça do paciente rodada para o lado, aplica-se uma injeção de gentamicina diretamente no ouvido médio e, através das janelas redonda e oval, ela vai para o interior do vestíbulo e atua sobre as estruturas do ouvido interno, principalmente as vestibulares, fazendo com que cesse o quadro vertiginoso.




Faixa etária e ação dos medicamentos

Drauzio – Labirintite em criança existe, mas é pouco freqüente.Qual a relação entre labirintite e idade?
Menon - A labirintite incide mais na idade adulta a partir dos 40 ou 50 anos, decorrente de alterações metabólicas e vasculares. Níveis aumentados de colesterol, triglicérides e ácido úrico podem acarretar alterações dentro das artérias, alterações essas que diminuem a quantidade de sangue nas áreas do cérebro e do labirinto.

Drauzio – Como agem os medicamentos usados para tratar labirintite?
Menon – Há vários tipos de medicamentos. Há os vasodilatadores que facilitam a circulação sangüínea porque melhoram o calibre dos vasos muitas vezes reduzido pelas placas de ateromas. Existem os labirinto-supressores, drogas que suprimem a tontura através de sua ação no sistema nervoso. Existem, ainda, aqueles que atuam sobre outros sintomas, suprimindo a náusea, o vômito e o mal-estar.

Drauzio – Sem tratamento, quanto tempo a crise costuma durar?
Menon – Depende do tipo da doença. A fase aguda pode durar de minutos ou horas a dias conforme a intensidade da crise.
Geralmente na doença de Ménière, caracterizada por vertigem com náuseas, vômitos, perda auditiva e zumbido, é necessário sedar o paciente, porque na maior parte das vezes a crise é desencadeada pelo estresse. Nesse caso, elas podem ser mensais, anuais ou desaparecerem por dois ou três anos.

Drauzio – Às vezes são crises sub-entrantes?
Menon - São sub-entrantes, mas sempre com perda da audição. É a chamada surdez flutuante, porque se alternam períodos de queda e de melhora da audição.

Cuidados com o estilo de vida

Drauzio – Você falou em estresse. Que outros fatores do estilo de vida interferem na sucessão das crises?
Menon – A parte psíquica e emocional é muito importante assim como certos fatores alimentares. Geralmente, em indivíduos pré-diabéticos, o excesso de açúcar está relacionado com crises sub-entrantes por causa da hipoglicemia. Bebidas gasosas que contenham quinino também podem desencadear zumbido no ouvido, por exemplo. Na verdade, cada organismo reage de uma maneira diversa diante do estímulo a que está sendo submetido.

Drauzio – As crises podem ter alguma relação com a prática de exercícios físicos?
Menon – O exercício físico provoca um desgaste, pois queima muitas calorias. Se a pessoa fizer exercício sem um preparo prévio adequado, por exemplo, sem ingerir alimentos que mantenham a taxa de glicose no sangue em bom nível, em decorrência da hipoglicemia pode ter queda de pressão, alterações no sistema vestibular, tontura, mal-estar e desequilíbrio.

Drauzio – Quando aparece um doente em plena crise, além de prescrever os medicamentos adequados, você recomenda que permaneça numa posição específica?
Menon – Recomendo que ele fique na posição em que se sentir melhor, não importa qual seja ela, sentado, deitado de costas ou de lado. Em geral, esses pacientes sabem muito bem como se posicionar durante a crise.

Drauzio – Na sua experiência, qual a posição que eles preferem?
Menon - Há quem goste de ficar sentado, mas a maioria prefere ficar em decúbito dorsal lateral com a cabeça um pouco levantada.

Drauzio – E em relação à alimentação, o que você recomenda?
Menon – Recomendo uma dieta extremamente leve constituída por alimentos fáceis de digerir e líquidos à vontade. Prescrevo também medicamentos para controlar náuseas e vômitos para que o indivíduo consiga alimentar-se. Às vezes, ele precisa ser hospitalizado para receber medicação parenteral, ou seja, soro na veia com glicose, soro fisiológico, cloreto de sódio, visando à sua hidratação. Existem, ainda, medicações atuantes, muito usadas em anestesias, que melhoram a crise vertiginosa rapidamente. Esse tratamento, porém, só deve ser feito no hospital por causa dos efeitos colaterais que essas drogas apresentam.

Drauzio – Qual a conduta mais indicada para as pessoas que periodicamente apresentam crises de labirintite?
Menon – É preciso fazer um tratamento de base, no sentido de prevenir as crises, se possível respaldado pelo diagnóstico etiológico da doença. Conhecer sua causa permite tratar melhor o paciente. Em sua grande maioria, os tratamentos são sintomáticos, com drogas que deprimem o labirinto e evitam as crises de tontura.

Drauzio – Quanto ao estilo de vida, o que você aconselha? As pessoas podem dirigir automóvel, por exemplo?
Menon – Durante a crise, nunca, porque poderão ocasionar acidentes graves. Fora dela, dependendo do remédio, as pessoas podem levar vida normal. Hoje, a grande maioria das drogas de manutenção não restringe as atividades dos pacientes. Por outro lado, em geral eles sabem o que costuma desencadear as crises, se é virar muito a cabeça ou ouvir ruídos muito fortes, e se previnem contra esse tipo de agressão.

Drauzio – A pessoa que tem crises com determinada freqüência, além de tomar remédios, o que deve fazer para evitá-las?
Menon – Geralmente a pessoa sabe quais são os fatores que desencadeiam suas crises. Ela se mantém em equilíbrio por informações que partem do labirinto e vão para o cérebro. São informações visuais, táteis ou que partem de seus músculos e articulações. Quando ocorre uma informação errada no cérebro, o indivíduo tem tontura, tem vertigem. Às vezes, são fatores visuais. Há pacientes que não podem ver objetos em movimento, nem mesmo a movimentação das imagens na televisão ou na tela do computador.

Drauzio – A influência da visão é nítida. Pessoa de olhos fechados se desequilibra facilmente.
Menon - Pessoas privadas da visão baseiam-se muito na informação tátil. Elas tocam as coisas e enviam ao cérebro informações sobre seu posicionamento no espaço naquele momento

Cinetose, ou desorientação espacial

Drauzio – Crianças que ficam tontas dentro de automóveis em movimento, por exemplo, ou pessoas que começam a ler durante uma viagem e ficam tontas estão tendo uma crise de labirintite?
Menon – Isso não é labirintite. É uma doença do movimento que se chama cinetose, sem ligações com as doenças vestibulares do labirinto. Acomete pessoas que em determinadas condições de movimento apresentam manifestações neurovegetativas caracterizadas por tonturas, náuseas e vômitos.
A cinetose é uma patologia bastante comum e relacionada com a enxaqueca. Crianças e jovens com esse tipo de problema, geralmente, na idade adulta ou na puberdade, têm crises de enxaqueca.

Drauzio – Como se trata a cinetose?
Menon – Previnem-se as crises com drogas, principalmente com dimenidrato. Nos navios e aviões, costuma haver comprimidos desse medicamento à disposição dos passageiros com sintomas de cinetose.

Drauzio – O mal-estar que as pessoas sentem num barco balançando está associado à labirintite?
Menon – Não. Esse mal-estar, chamado de motion sickness, também é desencadeado por mecanismo neurovegetativo.

Drauzio – Você disse que esses episódios têm relação com a enxaqueca?
Menon – Estudos mostram que de 60% a 80% das crianças com a chamada vertigem postural da infância, na fase adulta, manifestam alguma forma de enxaqueca. Esse é um dado muito importante para diagnóstico e tratamento.

Drauzio – Crianças com cinetose têm prevalência alta de enxaqueca na vida adulta. O problema pode desaparecer com o crescimento?
Menon – Pode desaparecer com a idade por mecanismos que ainda não conhecemos direito. É mais ou menos o mesmo que acontece com a enxaqueca. Sabe-se como acontecem as crises, quais são as alterações vasculares e os fatores desencadeantes, e que existe uma tendência familiar para o problema, mas não se descobriu ainda sua causa.

Drauzio – No caso da labirintite, identificado o elemento causador da doença, o tratamento cura as pessoas?
Menon - Identificada a causa e estabelecido o tratamento adequado, a doença desaparece. Quando a causa não é evidente, é preciso ficar atento, fazer alguns exames e não deixar de fazer o diagnóstico porque existem doenças no sistema nervoso central que podem provocar manifestações no labirinto. Entre elas destacam-se esclerose em placas, tumores no nervo auditivo, no cerebelo e nas áreas do tronco cerebral, além de doenças imunológicas.
Crianças que manifestem quadros de tontura constante e desequilíbrio exigem uma avaliação clínica bastante detalhada porque alguns tumores podem provocar esses sintomas. Afastada a hipótese de vertigem postural ligada à enxaqueca e de cinetose, se os sintomas persistem, elas devem ser examinadas não só pelo otorrinolaringologista, mas também por neurologistas. Vertigem em criança deve ser levada a sério.

Matéria Original do Site drauziovarella.ig.com.br

terça-feira, 21 de agosto de 2007

Doutor Google


Com foco específico na saúde e no bem-estar das pessoas, o Pew Research Center, um dos mais importantes institutos de pesquisa de opinião dos Estados Unidos, tem um projeto para monitorar o impacto da internet na vida familiar. Segundo Susannah Fox, uma das coordenadoras do projeto, não se pode mais ignorar a revolução que a internet traz para o sistema de saúde. Apenas no ano passado, 93 milhões de americanos fizeram pesquisas sobre saúde e bem-estar na internet.

Eles representam 80% dos adultos que têm acesso on-line. Os e-pacientes em sua maioria ainda confiam em seus médicos, mas acham importante ter uma segunda opinião e consultar outras fontes. A pesquisa do Pew revela que 63% de todas as buscas sobre saúde na rede nasceram da procura de informações sobre alguma doença específica. Isso mostra que boa parte dos internautas entra na rede em busca de uma segunda opinião médica.

Um estudo conduzido por pesquisadores da Universidade de Copenhague em 2003 revelou que 35% dos pacientes que sofrem de câncer na Dinamarca usam a internet nas diversas fases do tratamento. O principal fator de motivação dos pacientes para usar a internet é o sentimento de estar recebendo um tratamento inadequado. Segundo o relato dessas pessoas, os doutores assumem o conhecimento médico como se detivessem um monopólio e, como profissionais, não são suficientemente acessíveis para dar explicações detalhadas.

A relação médico-paciente é reconhecidamente um dos pontos fracos de qualquer sistema de saúde. Apesar de todo o progresso da medicina de alta tecnologia e de novos e poderosos fármacos, infelizmente os médicos, em sua maioria, investem muito pouco tempo esclarecendo detalhes sobre os diagnósticos e as terapias. É nesse vácuo de informação que entra o Dr. Google.



A internet coloca o paciente como co-responsável pelo tratamento
A internet preenche a lacuna porque coloca o paciente em posição de co-responsável pelo tratamento. A busca na rede dá às pessoas comuns a oportunidade de ser mais ativas na tomada de decisões que envolvem sua saúde. Ela ajuda a eliminar barreiras de tal forma que os pacientes possam ter acesso a mais informações médicas e com maiores detalhes. Eles passam a conhecer centros de excelência, organizações de pacientes e grupos de auto-ajuda. Também participam de aconselhamento on-line ou de debates sobre diagnósticos e tratamentos.

A internet ainda está em sua infância como ferramenta disseminadora de conhecimento. Ela permite, sobretudo, a quebra de monopólio de conhecimento e o desmonte rápido de assimetrias de informação. A maior difusão da internet nas residências certamente a transformará em ferramenta importante do cotidiano para que as pessoas tenham maior controle sobre a própria vida, sua saúde e seu bem-estar.

Uma parte dos médicos não vê com bons olhos essa tendência, pois eles acreditam que podem ter sua autoridade diminuída. Agem de certa forma como a Igreja Católica, que, durante séculos e até os anos da década de 1950, usou exclusivamente o latim em seus textos e nos rituais como barreira de conhecimento entre leigos e sacerdotes. Outra parte dos médicos acredita que os leigos possam ter má interpretação. Com isso, a internet seria uma ameaça à saúde dos próprios pacientes.

A comunidade médica precisa deixar de lado a postura reativa e encarar o desafio de descobrir maneiras criativas de usar a internet para torná-la uma ferramenta corrente no âmbito da relação médico-paciente, tanto quanto remédios e terapias. Compartilhar mais e mais o conhecimento é o primeiro passo para ampliar a responsabilidade que indivíduos devem ter sobre sua saúde e seu bem-estar, tanto para prevenir quanto para buscar a cura. Para o indivíduo, o conhecimento é tão importante quanto médicos, tecnologia, remédios, hospitais e terapias.

Bons Sites sobre saúde

www.drauziovarella.ig.com.br
www.fiocruz.br
www.scielo.br
www.inca.gov.br
www.cardiol.br
www.webmd.com


RICARDO NEVES é consultor de empresas e autor de Pegando no Tranco - O Brasil do Jeito Que Você Nunca Pensou.
www.ricardoneves.com.br
rneves@edglobo

quinta-feira, 16 de agosto de 2007

Assédio Moral


Assédio Moral

http://www.assediomoral.org/site/assedio/AMfazer.php

O que a vítima deve fazer?

Resistir: anotar com detalhes toda as humilhações sofrida (dia, mês, ano, hora, local ou setor, nome do agressor, colegas que testemunharam, conteúdo da conversa e o que mais você achar necessário).
Dar visibilidade, procurando a ajuda dos colegas, principalmente daqueles que testemunharam o fato ou que já sofreram humilhações do agressor.
Organizar. O apoio é fundamental dentro e fora da empresa.
Evitar conversar com o agressor, sem testemunhas. Ir sempre com colega de trabalho ou representante sindical.
Exigir por escrito, explicações do ato agressor e permanecer com cópia da carta enviada ao D.P. ou R.H e da eventual resposta do agressor. Se possível mandar sua carta registrada, por correio, guardando o recibo.
Procurar seu sindicato e relatar o acontecido para diretores e outras instancias como: médicos ou advogados do sindicato assim como: Ministério Público, Justiça do Trabalho, Comissão de Direitos Humanos e Conselho Regional de Medicina (ver Resolução do Conselho Federal de Medicina n.1488/98 sobre saúde do trabalhador).
Recorrer ao Centro de Referencia em Saúde dos Trabalhadores e contar a humilhação sofrida ao médico, assistente social ou psicólogo.
Buscar apoio junto a familiares, amigos e colegas, pois o afeto e a solidariedade são fundamentais para recuperação da auto-estima, dignidade, identidade e cidadania.
Importante:

Se você é testemunha de cena(s) de humilhação no trabalho supere seu medo, seja solidário com seu colega. Você poderá ser "a próxima vítima" e nesta hora o apoio dos seus colegas também será precioso. Não esqueça que o medo reforça o poder do agressor!

Lembre-se:

O assédio moral no trabalho não é um fato isolado, como vimos ele se baseia na repetição ao longo do tempo de práticas vexatórias e constrangedoras, explicitando a degradação deliberada das condições de trabalho num contexto de desemprego, dessindicalização e aumento da pobreza urbana. A batalha para recuperar a dignidade, a identidade, o respeito no trabalho e a auto-estima, deve passar pela organização de forma coletiva através dos representantes dos trabalhadores do seu sindicato, das CIPAS, das organizações por local de trabalho (OLP), Comissões de Saúde e procura dos Centros de Referencia em Saúde dos Trabalhadores (CRST e CEREST), Comissão de Direitos Humanos e dos Núcleos de Promoção de Igualdade e Oportunidades e de Combate a Discriminação em matéria de Emprego e Profissão que existem nas Delegacias Regionais do Trabalho.

O basta à humilhação depende também da informação, organização e mobilização dos trabalhadores. Um ambiente de trabalho saudável é uma conquista diária possível na medida em que haja "vigilância constante" objetivando condições de trabalho dignas, baseadas no respeito 'ao outro como legítimo outro', no incentivo a criatividade, na cooperação.

O combate de forma eficaz ao assédio moral no trabalho exige a formação de um coletivo multidisciplinar, envolvendo diferentes atores sociais: sindicatos, advogados, médicos do trabalho e outros profissionais de saúde, sociólogos, antropólogos e grupos de reflexão sobre o assédio moral. Estes são passos iniciais para conquistarmos um ambiente de trabalho saneado de riscos e violências e que seja sinônimo de cidadania.

domingo, 12 de agosto de 2007

Cartilha Orientativa de Prevenção e Combate a Incêndio


PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO
SECRETARIA DA HABITAÇÃO E DESENVOLVIMENTO URBANO

DEPARTAMENTO DE CONTROLE DO USO DE IMÓVEL - CONTRU


MANUAL DE PREVENÇÃO DE COMBATE À INCÊNDIO
(CARTILHA ORIENTATIVA)


ÍNDICE:

1 - PREVENÇÃO
1.1 Cuidados Básicos
1.2 Instalações Elétricas
1.3 Equipamentos Elétricos
1.4 Instalações de Gás
1.5 Circulação
1.6 Lavagem de Áreas Comuns

2 - MANUTENÇÃO DO SISTEMA DE SEGURANÇA
2.1 Extintores de Incêndio
2.2 Hidrantes e Mangotinhos
2.3 Instalações Fixas de Combate a Incêndios
2.4 Iluminação de Emergência
2.5 Alarme de Incêndio
2.6 Portas Corta-Fogo
2.7 Rotas de Fuga
2.8 Lixeiras
2.9 Pára-Raios

3 - EQUIPES DE EMERGÊNCIA

4 - COMBATE A INCÊNDIOS

4.1 Primeiras Providências
4.2 Métodos de Extinção do Fogo
4.3 Classes de Incêndio e Agentes Extintores
4.4 O Uso dos Hidrantes
4.5 O Uso dos Extintores

5 - ROTEIRO DE TESTES E VERIFICAÇÕES

PREVENÇÃO

As causas de um incêndio são as mais diversas: descargas elétricas, atmosféricas, sobrecarga nas instalações elétricas dos edifícios, falhas humanas (por descuido, desconhecimento ou irresponsabilidade) etc.
Os cuidados básicos para evitar e combater um incêndio, indicados a seguir, podem salvar vidas e bens patrimoniais.

CUIDADOS BÁSICOS:

Não brinque com fogo! Um cigarro mal apagado jogado descuidadamente numa lixeira pode causar uma catástrofe. Apague o cigarro antes de deixá-lo em um cinzeiro ou de jogá-lo em uma caixa de areia. Cuidado com fósforos. Habitue-se a apagar os palitos de fósforos antes de jogá-los fora. Obedeça às placas de sinalização e não fume em locais proibidos, mal ventilados ou ambientes sujeitos à alta concentração de vapores inflamáveis tais como vapores de colas e de materiais de limpeza.
Evite usar espiriteira. Sua utilização é insegura.
Nunca apoie velas sobre caixas de fósforos nem sobre materiais combustíveis.
Não utilize a casa de força, casa de máquinas dos elevadores e a casa de bombas do prédio, como depósito de materiais e objetos. São locais importantes e perigosos, que devem estar sempre desimpedidos.
As baterias devem ser instaladas em local de fácil acesso e ventilado. Não é recomendado o uso de baterias automotivas.

INSTALAÇÕES ELÉTRICAS

A sobrecarga na instalação é uma das principais causas de incêndios. Se a corrente elétrica está acima do que a fiação suporta, ocorre superaquecimento dos fios, podendo dar início a um incêndio. Por isso:
· Não ligue mais de um aparelho por tomada. Esta é uma das causas de sobrecarga na instalação elétrica;
· Não faça ligações provisórias. Tome sempre cuidado com as instalações elétricas. Fios descascados quando encostam um no outro, provocam curto-circuito e faíscas. Chame um técnico qualificado para executar ou reparar as instalações elétricas ou quando encontrar um dos seguintes problemas:
ü Constante abertura dos dispositivos de proteção (disjuntores)
ü Queimas freqüentes de fusíveis;
ü Aquecimento da fiação e/ou disjuntores;
ü Quadros de distribuição com dispositivos de proteção do tipo chave-faca com fusíveis cartucho ou rolha. Substitua-os por disjuntores ou fusíveis do tipo Diazed ou NH;
ü Fiações expostas (a fiação deve estar sempre embutida em eletrodutos)
ü Lâmpadas incandescentes instaladas diretamente em torno de material combustível, pois, elas liberam grande quantidade de calor;
ü Inexistência de aterramento adequado para as instalações e equipamentos elétricos, tais como: torneiras e chuveiros elétricos, ar condicionado, etc.;
ü Evite aterrá-los em canos d'água.

ATENÇÃO: toda a instalação elétrica tem que estar de acordo com a Norma Brasileira NBR 5410 da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas)


EQUIPAMENTOS ELÉTRICOS

Antes de instalar um novo aparelho, verifique se não vai sobrecarregar o circuito. Utilize os aparelhos elétricos somente de modo especificado pelo fabricante.


INSTALAÇÕES DE GÁS

Somente pessoas habilitadas devem realizar consertos ou modificações nas instalações de gás. Sempre verifique possíveis vazamentos no botijão, trocando-o imediatamente caso constate a mínima irregularidade.
O botijão que estiver visualmente em péssimo estado deve ser imediatamente recusado.
Para verificar vazamento, nunca use fósforos ou chama, apenas água e sabão.
Nunca tente improvisar maneiras de eliminar vazamentos, como cera, por exemplo. Coloque os botijões sempre em locais ventilados.
Sempre rosqueie o registro do botijão apenas com mas mãos, para evitar rompimento da válvula interna.
Aparelhos que usam gás devem ser revisados pelo menos a cada dois anos.

Vazamento de Gás sem Chama:
Ao sentir cheiro de gás, não ligue ou desligue a luz nem aparelhos elétricos.
Afaste as pessoas do local e procure ventilá-lo.
Feche o registro de gás para restringir o combustível e o risco de propagação mais rápida do incêndio.
Não há perigo de explosão do botijão ao fechar o registro. Se possível, leve o botijão para local aberto e ventilado.

Vazamento de Gás com Chama:
Feche o registro e gás. Retire todo o material combustível que esteja próximo do fogo.

Incêndio com Botijão no Local:
Se possível, retire o botijão do local antes que o fogo possa atingí-lo.
Em todas essas situações, chame os BOMBEIROS - telefone 193.


CIRCULAÇÃO:

Mantenha sempre desobstruídos corredores, escadas e saídas de emergência, sem vasos, tambores ou sacos de lixo.
Jamais utilize corredores, escadas e saídas de emergência como depósito, mesmo que seja provisoriamente.
Nunca guarde produtos inflamáveis nesses locais.
As coletas de lixo devem ser bem planejadas para não comprometer o abandono do edifício em caso de emergência.
As portas corta-fogo não devem Ter trincos ou cadeados. Conheça bem o edifício em que você circula, mora ou trabalha, principalmente os meios de escape e as rotas de fuga.


LAVAGEM DE ÁREAS COMUNS

Evite sempre que águas de lavagem atinjam os circuitos elétricos e/ou enferrujem as bases das portas corta-fogo.
Não permita jamais que a água se infiltre pelas portas dos elevadores, pois isso pode provocar sérios acidentes.

MANUTENÇÃO DO SISTEMA DE SEGURANÇA


EXTINTORES DE INCÊNDIO:

Os extintores de incêndio devem ser apropriados para o local a ser protegido.

Verifique constantemente se:
· acesso aos extintores não está obstruído;
· manômetros indica pressurização (faixa verde ou amarela);
· aparelho não apresenta vazamento;
· Os bicos e válvulas da tampa estão desentupidos;
· Leve qualquer irregularidade ao conhecimento do responsável para que a situação seja rapidamente sanada

A recarga do extintor deve ser feita:
· Imediatamente após ter sido utilizado;
· Caso esteja despressurizado (manômetro na faixa vermelha)
· Após ser submetido a este hidrostático;
· Caso o material esteja empedrado.
Tais procedimentos devem ser verificados pelo zelador e fiscalizado por todos.

Mesmo não tendo sido usado o extintor, a recarga deve ser feita:
· Após 1 (um) ano: tipo espuma;
· Após 3 (rês) anos: tipo Pós Químico Seco e Água Pressurizada;
· Semestralmente: se houver diferença de peso que exceda 5% (tipo Pó Químico Seco e Água Pressurizada), ou 10% (tipo CO2);
Esvazie os extintores antes de enviá-los para recarga;
Programe a recarga de forma a não deixar os locais desprotegidos;
A época de recarga deve ser aproveitada para treinar as equipes de emergência.
O Corpo de Bombeiros exige uma inspeção anual de todos os extintores, além dos testes hidrostáticos a cada cinco anos, por firma habilitada. Devem ser recarregados os extintores em que forem constatados vazamentos, diminuição de carga ou pressão e vencimento de carga.

HIDRANTES E MANGOTINHOS

IMPORTANTE: Para recarga ou teste hidrostático escolha uma firma IDÔNEA.
Os hidrantes e mangotinhos devem ser mantidos sempre bem sinalizados e desobstruídos.


A caixa de incêndio contém:
· Registro globo com adaptador, mangueira aduchada (enrolada pelo meio) ou ziguezague, esguicho regulável (desde que haja condição técnica para seu uso), ou agulheta, duas chaves para engate e cesto móvel para acondicionar a mangueira.
· mangotinho deve ser enrolado em "oito" ou em camadas nos carretéis e pode ser usado por uma pessoa apenas. Seu abrigo deve ser de chapa metálica e dispor de ventilação.


Verifique se:
a) A mangueira está com os acoplamentos enrolados para fora, facilitando o engate no registro e no esguicho;
b) A mangueira está desconectada do registro;
c) estado geral da mangueira é bom, desenrole-a e cheque se não tem nós, furos, trechos desfiados, ressecados ou desgastados;
d) registro apresenta vazamento ou está com o volante emperrado;
e) Há juntas amassadas;
f) Há água no interior das mangueiras ou no interior da caixa hidrante, o que provocará o apodrecimento da mangueira e a oxidação da caixa.
ATENÇÃO: Nunca jogue água sobre instalações elétricas energizadas.
· Nunca deixe fechado o registro geral do barrilete do reservatório d'água. (O registro geral do sistema de hidrantes localiza-se junto à saída do reservatório d'água).
· Se for preciso fazer reparo na rede, certifique-se de que, após o término do serviço, o registro permaneça aberto.
· Se a bomba de pressurização não der partida automática, é necessário dar partida manual no painel central, que fica próximo à bomba de incêndio.
· Nunca utilize a mangueira dos hidrantes para lavar pisos ou regar jardins.
· Mantenha sempre em ordem a instalação hidráulica de emergência, com auxílio de profissionais especializados.

INSTALAÇÕES FIXAS DE COMBATE A INCÊNDIO

As instalações fixas de combate a incêndios destinam-se a detectar o início do fogo e resfriá-lo.


Os tipos são:
a) Detector de fumaça;
b) Detector de temperatura;
c) Detector de chama;
d) Chuveiro automático: redes de pequenos chuveiros no teto dos ambientes;


e) Dilúvio : gera um nevoeiro d'água;
f) Cortina d'água: rede de pequenos chuveiro afixados no teto, alinhados para, quando acionados, formar uma cortina d'água;
g) Resfriamento: rede de pequenos chuveiros instalados ao redor e no topo de tanques de gás, petróleo, gasolina e álcool. Geralmente são usados em áreas industriais;
h) Halon: a partir de posições tomadas pelo Ministério da Saúde, o Corpo de Bombeiros tem recomendado a não utilização desse sistema, uma vez que seu agente é composto de CFC, destruidor da camada de ozônio.


ILUMINAÇÃO DE EMERGÊNCIA

A iluminação de emergência, que entra em funcionamento quando falta energia elétrica, pode ser alimentada por gerador ou bateria e acumuladores (não automotiva).
A iluminação de emergência é obrigatória nos elevadores.
Faça constantemente a revisão dos pontos de iluminação.

Baterias:
As baterias devem ser instaladas acima do piso e afastadas da parede, em local seco, ventilado e sinalizado.
Providencie a manutenção periódica das baterias, de acordo com as indicações do fabricante; devem ser verificados seus terminais (pólos) e a densidade do eletrólito.


ALARME DE INCÊNDIO

Os alarmes de incêndio podem ser manuais ou automáticos. Os detectores de fumaça, de calor ou de temperatura acionam automaticamente os alarmes.
O alarme deve ser audível em todos os setores da área abrangida pelo sistema de segurança.
As verificações nos alarmes precisam ser feitas periodicamente, seguindo as instruções do fabricante.
A edificação deve contar com um plano de ação para otimizar os procedimentos de abandono do local, quando do acionamento do alarme.

Sistema de Som e Interfonia
Os sistemas de som e interfonia devem ser incluídos no plano de abandono do local e devem ser verificados e mantidos em funcionamento de acordo com as recomendações do fabricante.


PORTAS CORTA-FOGO

As portas corta-fogo são próprias para isolamento e proteção das rotas de fuga, retardando a propagação do fogo e da fumaça.
Elas devem resistir ao calor por 60 minutos, no mínimo (verifique se está afixado o selo de conformidade com a ABNT). Toda porta corta-fogo deve abrir sempre no sentido de saída das pessoas.


Seu fechamento deve ser completo. Além disso, elas nunca devem ser trancadas com cadeados ou fechaduras e não devem ser usados calços, cunhas ou qualquer outro artifício para mantê-las abertas. Não se esqueça de verificar constantemente o estado das molas, maçanetas, trincos e folhas da porta.


ROTAS DE FUGA

Corredores, escadas, rampas, passagens entre prédios geminados e saídas, são rotas de fuga e estas devem sempre ser mantidas desobstruídas e bem sinalizadas.
IMPORTANTE: Conheça a localização das saídas de emergência das edificações que adentrar.
Só utilize áreas de emergência no topo dos edifícios e as passarelas entre prédios vizinhos na total impossibilidade de se utilizar a escada de incêndio.
As passarelas entre prédios tem que estar em paredes cegas ou isoladas das chamas.
LEMBRE-SE: é sempre aconselhável DESCER.


LIXEIRAS

As portas dos dutos das lixeiras devem estar fechadas com alvenaria, sem possibilidade de abertura, para não permitir a passagem da fumaça ou gases para as áreas da escada ou entre andares do edifício.


PÁRA-RAIOS

Os pára-raios deve ser o ponto mais alto do edifício. Massas metálicas como torres, antenas, guarda-corpos, painéis de propaganda e sinalização devem ser interligadas aos cabos de descida do pára-raios, integrando o sistema de proteção contra descargas elétricas atmosféricas. O pára-raios deve estar funcionando adequadamente. Caso contrário, haverá inversão da descarga para as massas metálicas que estiverem em contato com o cabo do pára-raios.
Os pára-raios podem ser do tipo FRANKLIN ou GAIOLA DE FARADAY. O tipo Radioativo/Iônico tem sua instalação condenada devido à sua carga radioativa e por não Ter eficiência adequada. A manutenção dos pára-raios deve ser feita anualmente, por empresas especializadas, conforme instrução do fabricante. É preciso observar a resistência ôhmica do aterramento entre elétrodos e a terra (máximo de 10 ohm), ou logo após a queda do raio.

EQUIPE DE EMERGÊNCIA

A equipe de emergência é a Brigada de Combate a Incêndio. Ë uma equipe formada por pessoas treinadas com conhecimento sobre prevenção contra incêndio, abandono de edificação, pronto-socorro e devidamente dimensionada de acordo com a população existente na edificação.


Cabe à esta equipe a vistoria semestral nos equipamentos de prevenção e combate a incêndios, assim como o treinamento de abandono de prédio pelos moradores e usuários.
A relação das pessoas com dificuldade de locomoção, permanente ou temporária, deve ser atualizada constantemente e os procedimentos necessários para a retirada dessas pessoas em situações de emergência devem ser previamente definidos. A equipe de emergência deve garantir a saída dos ocupantes do prédio de acordo com o "Plano de Abandono", não se esquecendo de verificar a existência de retardatários em sanitários, salas e corredores. O sistema de alto-falantes ajuda a orientar a saída de pessoas; o locutor recebe treinamento e precisa se empenhar para impedir o pânico. A relação e localização dos membros da equipe de emergência deve ser conhecida por todos os usuários.

COMBATE A INCÊNDIOS


PRIMEIRAS PROVIDÊNCIAS

O perceber um princípio de incêndio, acione imediatamente o alarme e aja de acordo com o plano de evacuação. Logo a seguir, chame o Corpo de Bombeiros pelo TELEFONE 193.
A uma ordem da Equipe de Emergência, encaminhe-se sem correria, para a saída indicada e desça (NÃO SUBA) pela escada de segurança. NUNCA USE OS ELEVADORES.
Se tiver que atravessar uma região em chamas, procure envolver o corpo com algum tecido molhado não-sintético. Isso dará proteção ao seu corpo e evitará que se desidrate. Proteja os olhos e a respiração; são as partes mais sensíveis, que a fumaça provocada pelo fogo pode atingir primeiro. Use máscara de proteção ou, no mínimo, uma toalha molhada no rosto.


MÉTODOS DE EXTINÇÃO DO FOGO

Há três meios de extinguir o fogo:

Abafamento:
Consiste em eliminar o comburente (oxigênio) da queima, fazendo com que ela enfraqueça até apagar-se. Para exemplificar, basta lembrar que quando se está fritando um bife e o óleo liberado entra em combustão, a chama é eliminada pelo abafamento ao se colocar a tampa na frigideira. Reduziu-se a quantidade de oxigênio existente na superfície da fritura. Incêndios em cestos e lixo podem ser abafados com toalhas molhadas de pano não-sintético. Extintores de CO2 são eficazes para provocar o abafamento.

Retirada do Material:
Há duas opções de ação na retirada de material:
a) Retirar o material que está queimando, a fim de evitar que o fogo se propague;
b) Retirar o material que está próximo ao fogo, efetuando um isolamento para que as chamas não tomem grandes proporções.


Resfriamento:
O resfriamento consiste em tirar o calor do material. Para isso, usa-se um agente extintor que reduza a temperatura do material em chamas. O agente mais usado para combater incêndios por resfriamento 'a água.


CLASSES DE INCÊNDIO E AGENTES EXTINTORES

Quase todos os materiais são combustíveis; no entanto, devido a diferença na sua composição, queimam de formas diferentes e exigem maneiras diversas de extinção do fogo. Convencionou-se dividir os incêndios em quatro classes.

Veja TABELA DE CLASSES A SEGUIR:


TABELA DE CLASSES DE INCÊNDIO E DOS AGENTES EXTINTORES MAIS USADOS

CLASSES DE INCÊNDIO TIPOS DE EXTINTORES ÁGUA PRESSURIZADA GÁSCARBÔNICO ESPUMA PÓQUÍMICO SECO
"A"De superfície e profundidade planos: lixo, fibras, papéis, madeiras etc. SIMExcelente eficiência NÃONão tem eficiência NÃOInsuficiente NÃONão tem eficiência
"B"De superfície Querosene:Gasolina, óleos, tintas, graxa, gases, etc. NÃONão tem eficiência SIMBoa eficiência SIMÓtima eficiência jogar indiretamente SIMÓtima eficiência
"C"Equipamentos elétricos energizados NÃONão tem eficiência SIMÓtima eficiência NÃOPerigoso, conduz eletricidade SIMBoa eficiência, contudo, pode causar danos em equipamentos danificados
"D"Materiais pirofóricos:Motores de carro. NÃOObs.: poderá ser usado água em último caso (se não houver PQS) NÃO NÃO SIM
COMO OPERÁ-LOS a) Puxe a trava, rompendo o lacreb) Aperte o gatilhoc) Dirija o jato à base do fogo a) Retire o grampob) Aperte o gatilhoc) Dirija o jato à base do fogo a) Vire o aparelho com a tampa para baixob) Dirija o jato à base do fogo a) Puxe a trava, rompendo o lacre ou acione a válvula do cilindro de gás (pressurizável)b) Aperte o gatilho ou empunhe a pistola difusorac) Ataque o fogo
EFEITO Resfriamento Abafamento Abafamento e Resfriamento Abafamento

O USO DOS HIDRANTES

São necessárias, no mínimo, duas pessoas para manusear a mangueira de um hidrante. A mangueira deve ser acondicionada na caixa de hidrante em função do espaço disponível para manuseá-la, a fim de facilitar sua montagem para o combate ao fogo.

O USO DOS EXTINTORES

Instruções para o uso de extintor de água pressurizada. Repare se no extintor tem tudo o que está descrito:


1. Etiqueta ABNT
2. Etiqueta de advertência
3. Etiqueta indicativa de operação
4. Recipiente
5. Bico ejetor
6. Orifício para alívio de pressão
7. Tampa com junta de vedação interna
8. Cilindro e gás
9. Etiqueta indicativa de classe


1. Etiqueta ABNT
2. Etiqueta de advertência
3. Etiqueta indicativa de operação
4. Recipiente
5. Tubo sifão
6. Manômetro
7. Gatilho
8. Difusor
9. Mangueira
10. Alça de transporte
11. Trava de segurança
12. Etiqueta indicativa da classe

IMPORTANTE:

1. O extintor de água pressurizada é indicado para aplicações em incêndio "CLASSE A";
2. Por serem condutoras de eletricidade, a água e a espuma não podem ser utilizadas em incêndios de equipamentos elétricos energizados (ligados na tomada). A água e a espuma podem provocar curto-circuitos;
3. O extintor de água pressurizada não é indicado para combate a incêndio em álcool ou similar. Nesse caso, o agente extintor indicado é o Pó Químico.


Extintores de Espuma
A espuma é um agente indicado para aplicação em incêndios "CLASSE A e CLASSE B". Os extintores têm prazo máximo de utilização de cinco anos, dentro da validade da carga e/ou do recipiente.

Instruções para uso do Extintor de Espuma
1. Leve o aparelho até o local do fogo;
2. Inverta a posição do extintor (FUNDO PARA CIMA)
3. Dirija o jato contra a base do fogo
Obs.: Se o jato de espuma não sair, revire-o uma ou duas vezes, para reativar a mistura.

Gás Carbônico
O gás carbônico, também conhecido como dióxido de carbono ou CO2, é mau condutor de eletricidade e, por isso, indicado em incêndios "CLASSE C". Cria ao redor do corpo em chamas uma atmosfera pobre em oxigênio, impedindo a continuação da combustão.
É indicado também para combater incêndios da "CLASSE B", de pequenas proporções.

Instruções para o uso do Extintor de CO2
1. Retire o pino de segurança que trava o gatilho
2. Aperte o gatilho e dirija o jato à base do fogo.

Pó Químico Seco (PQS)
O extintor de Pó Químico Seco é recomendado para incêndio em líquidos inflamáveis ("CLASSE B"), inclusive aqueles que se queimam quando aquecidos acima de 120º C, e para incêndios em equipamentos elétricos ("CLASSE C").
O extintor de Pó Químico Seco pode ser pressurizável

Instruções para uso do Extintor de Pó Químico Seco Pressurizável
1. Puxe a trava de segurança para trás ou gire o registro do cilindro (ou garrafa) para a esquerda, quando o extintor for de Pó Químico com pressão injetável
2. Aperte o gatilho
3. Dirija o jato contra a base do fogo procurando cobrir toda a área atingida com movimentação rápida.

ROTEIRO DE TESTES E VERIFICAÇÕES

Estes são os cuidados básicos que você deve tomar para evitar o fogo e estas são as providências necessárias em caso de incêndio.
Para obter informações mais detalhadas quanto à segurança de seu edifício, procure o CONTRU, ou o Serviço de Atividades Técnicas do Corpo de Bombeiros.
Você receberá toda a orientação para prevenção e manutenção dos sistemas de proteção contra incêndios.


EQUIPAMENTOSINSTALAÇÃO-SERVIÇO VERIFICAÇÕES ETESTES PERIODICIDADE
Rotas de Fuga Desobstrução Diária
Portas Corta-Fogo Fechamento Diária
Lubrificação, calibragem, vedação, oxidação Semestral
Pressurização/Exaustão Funcionamento Mensal
Instalação Elétrica Verificação geral Mensal
Carga Incêndio Quanto a materiais manipulados/estocados (industrial/comercial) Diária
Pára-Raios Verificação geral Anual
Após reparos reformas Semestral
Sinais de corrosão e após descargas atmosféricas Corrigir de imediato
Iluminação de Emergência Funcionamento, aclaramento, balizamento Semanal
Funcionamento do sistema por uma hora Trimestral
Detecção Funcionamento: baterias e mediação Conforme indicação do fabricante
Alarme Funcionamento e audibilidade Semanal
Carga de baterias ou gerador Trimestral
Extintores Verificação: obstrução, lacre, manômetro, vazamentos, bicos e válvulas Diária
Recarga: após utilização, se despressurizado, material empedrado e após teste hidrostático De imediato
Mesmo se não usado· Tipo espuma Anual
· Tipo pó químico e água Anual
Se houver diferença de peso que exceda:· 50% tipo pó químico e água Anual
· 10% tipo CO2 Anual
Teste hidrostático Quinzenal
Hidrantes Funcionamento, registro de recalque, registro globo, esguicho, mangueiras Mensal
Instalações Fixas Automáticas (SPRINKLER) Depende do tipo Conforme indicação do fabricante

TELEFONES ÚTEIS

CONTRU 232.1733 - RAMAL 103
CORPO E BOMBEIROS 193
POLÍCIA MILITAR 190
PRONTO SOCORRO 192
ELETROPAULO 196
COMGÁS 197
DEFESA CIVIL 199
SOS CONTRU 239.1818

DENÚNCIAS:


Falta de condições de segurança contra incêndios: CONTRU

Falta de higiene, rachaduras, lixo, infiltração de água: procurar a Administração Regional à qual pertença o seu bairro.


Fonte: Prefeitura Municipal de São Paulo
http://sampa3.prodam.sp.gov.br/sehab/contru/index.htm

sexta-feira, 10 de agosto de 2007

Sala de Descompressão - Matéria 2

Sala de descompressão


Para combater o alto nível de estresse dos funcionários, sobretudo naquelas atividades que requerem um contato direto com o público, como tele-atendimento, algumas empresas têm utilizado uma ferramenta que reúne grande parte destes conceitos em um só ambiente: as salas de descompressão. As salas são ambientes agradáveis e aconchegantes, localizados nas dependências da própria empresa, que reúnem elementos do feng-shui, aromaterapia, cromoterapia, mas, sobretudo, é baseada no conceito da espiritualidade. “O objetivo é a pessoa entrar em contato com ela mesma, se conscientizar sobre seus problemas e aprender a lidar com seus sentimentos para poder retornar bem à mesa de trabalho”, define Sofia Guimarães, idealizadora e criadora das salas. Ela explica para a implantação da sala, é necessário um levantamento do clima da organização, por meio de um questionário distribuído aos funcionários, mas ressalta que só a sala não é a solução de todos os problemas. “Não adianta fazer só a sala, porque por si só ela acaba virando um mobiliário, sem uma mudança de conceito e sem comprometimento não tem o menor sentido a criação de uma sala de descompressão”, destaca. Os únicos requisitos necessários para um funcionário entrar na sala, é ter passado por um treinamento em que são explicadas técnicas de relaxamento e respiração, massagem e automassagem. “Mas estas técnicas são só um convite, a sala não tem regras, cada pessoa faz o que quiser”, ressalta Sofia. O Citibank, que tem um programa amplo de qualidade de vida e bem estar, encontrou nas salas uma ótima opção para combater o estresse. Hoje, o banco tem três salas freqüentadas por 400 funcionários de todas as áreas, inclusive o presidente., “Ela é muito utilizada, o dia inteiro tem funcionários lá, pois percebemos isso pelo alto consumo de chá”, revela Nora Ney Cerneveiza, diretora de RH do banco. “Os funcionários gostam da sala e cuidam dela, nós não controlamos nada, ela é dos funcionários”, completa. Contatos: Nora Ney Cerneveiza: assessoria.imprensa@citicorp.com Sofia Guimarães: sofiaguimaraes@originet.com.br

Matéria original (vide)
www.rhcentral.com.br/pen/pen.asp?ano=5&numero=58&pagina=19

Sala de Descompressão

Trabalho

Paradinha estratégica
Empresas valorizam áreas comuns e locais de descanso
para combater o stress e melhorar a produtividade

Rita Moraes

Fotos: Max G Pinto


Construir ilhas de descanso no serviço, criar espaços que estimulem o bate-papo entre os funcionários e agregar conforto à já prazerosa hora do café. Essas solicitações estão se tornando cada vez mais comuns nos projetos de construção ou reforma de ambientes de trabalho. As medidas surpreendem pela eficácia. Melhoram a produtividade, a qualidade do trabalho e as relações pessoais. “O forte hoje é o trabalho em equipe. As pessoas precisam trocar idéias, se conhecerem. Por isso é importante criar ambientes caprichados para um cafezinho”, opina a arquiteta Elisabetha Romano, da Arquigraph, empresa especializada em planejamento de escritórios. Ela explica que os espaços individuais estão menores – já que não é preciso mais do que um computador e um telefone para fazer contato com o mundo – e as áreas comuns cada vez mais incrementadas.


Funcionários ajudaram no projeto do British Council, que tem uma sala especial para o café
Um exemplo dessa tendência é o projeto desenvolvido para o British Council São Paulo, um centro de relações entre Brasil e Reino Unido, em suas novas instalações na capital paulista. Com muitos palpites dos funcionários, o escritório de 400 metros quadrados tornou-se um espaço iluminado e colorido. Logo depois da recepção, um cantinho caprichado com café expresso propicia a conversa mais pessoal e até um discreto puxão de orelhas. Numa das pontas, uma cozinha completa. “Todo mundo adora ficar aqui. Todos os dias, alguém traz pão e tomamos juntos o café da manhã”, conta Anthea Paterson, gerente-administrativa.

Fotos: Helcio Nagamine


Arquitetura – A busca de melhor qualidade de vida para os funcionários também trouxe alterações na arquitetura empresarial. Várias construções saem da planta com áreas especialmente reservadas para a malhação – no bom sentido – dos funcionários. Outras prevêem espaços para uma massagem rápida ou sessões de relaxamento. Mas apenas uma sala faz a diferença. É no que acredita a Atento, empresa especializada em atendimento telefônico. Em São Paulo, são 1.200 funcionários que trabalham em turnos de seis horas para atender serviços como o 0800, o 102 e o 104 da Telefônica e fazer reservas para shows, parques e passagens aéreas. Para evitar que seus atendentes fiquem à beira de um ataque de nervos, a diretoria providenciou uma “sala de descompressão”. Quando sentem que podem ser pouco receptivos aos clientes, os atendentes interrompem a sequência interminável de ligações. Entram na sala de pouca luz e música suave, tiram os sapatos e deitam nos sofás e divãs à disposição. Apetrechos lúdicos, aparelhos de automassagem, o ruído de uma fonte de água e um suave aroma convidam à abstração.



Na Atento, a tranqüilidade da sala de descompressão garante o bom humor dos atendentes
“A sala de recolhimento deve facilitar o relaxamento e a meditação. Sua eficiência depende de detalhes como a cor das paredes, o conforto dos estofados”, explica a psicopedagoga Sofia Guimarães, que orientou o projeto. “Às vezes, os clientes ligam nervosos. Temos que atender todo mundo sem perder a cordialidade”, explica o funcionário Frederico Castilho, 21 anos. “Quinze minutos na sala nos renova”, diz.


Outra empresa que acredita na força de um refresco é a Ambev, que surgiu da união da Antarctica e da Brahma. Em suas unidades, sempre há um espaço regado a refrigerantes. Em São Paulo, existe um bar agregado ao escritótio. À vontade, os funcionários fazem reuniões, atendem clientes e fecham negócios no “Bar da Gente”. O diretor de Gente e Qualidade (antigo departamento de Recursos Humanos) da empresa, Maurício Luchetti, assegura que ninguém faz hora lá. “O entrosamento da turma traz mais prazer ao trabalho. Gostamos de dizer que as melhores idéias nascem no balcão, quando a cabeça está desanuviada”, defende ele. Alguém ousa contrariar?

Matéria originalmente feita na revista Isto é
http://www.terra.com.br/istoe/1624/comportamento/1624_paradinha_cafe.htm

quinta-feira, 9 de agosto de 2007

Cipa


O Objetivo deste Blog é permitir a interação com sugestões e acompanhamento das Legislações relativas a CIPA.

Procuraremos colocar aqui informações que permitam as pessoas ter uma melhor qualidade de vida, um melhor conhecimento das questões de saúde e segurança do trabalho que lhe sejam pertinentes.